A Polícia Federal deflagrou hoje em Cuiabá e Brasília a “Operação Cartilha”, onde são investigadas supostas irregularidades em licitações e contratações feitas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR-MT, nos anos de 2002 a 2010. O inquérito policial instaurado, ano passado, com base em relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União em Mato Grosso, apura aquisições de cartilhas e manuais destinados à execução do programa “Agrinho” e do “Programa de Formação Rural e Promoção Social”, ambos de responsabilidade do SENAR mato-grossense.
As investigações indicam que contratações de entidades sem fins lucrativos visavam na realidade o favorecimento de empresas do ramo gráfico em Brasília, sendo estas as reais recebedoras dos pagamentos originados de contratações sem licitação e com graves indícios de superfaturamento. “Os prejuízos podem chegar a R$ 9, 9 milhões, mas até agora está comprovado até o momento, cerca de 2,5 milhões, pelo relatório da CGU”, informa a PF.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão com a participação de técnicos da CGU. O material apreendido será analisado pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União em Cuiabá. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR é uma instituição criada em 1991, para organizar, administrar e executar a formação profissional do trabalhador rural. É vinculado ao Ministério da Agricultura e tem, como primeira fonte de renda as contribuições de 2,5% sobre a remuneração paga aos empregados nos ramos agroindustriais, agropecuários, extrativistas e cooperativistas.
(Atualizada às 16:14h)