O delegado municipal de Marcelândia (210 km de Sinop), Luiz Henrique de Oliveira, admitiu hoje que poderá pedir a prorrogação da prisão do vereador Ervino Kovaleski (Nenzinho), do PPS, preso domingo, acusado de corrupção. Luiz confirmou, ao Só Notícias, que outros vereadores estão sendo investigados. 5 -de oposição e situação- já prestaram depoimentos. Outros ainda serão ouvidos até a conclusão do inquérito. O delegado pretende descobrir se há mais envolvidos no esquema para receber vantagens indevidas ou se colaboraram para que Ervino recebesse e mudasse de lado (deixando a situação e passando para a bancada de oposição). “Vários vereadores estão sendo investigados no sentido de colaborar para que este dinheiro tivesse chegado as mãos dele (Ervino)”, explicou. A polícia investiga se houve negociação também tenha ocorrido na votação para eleição da mesa diretora da câmara. Ervino é acusado e votar para a oposição eleger o presidente Diego Grelak.
A polícia aponta ainda que Ervino Kovaleski é acusado de cobrar, recentemente, R$ 6 mil para deixar o grupo de situação e passar para a oposição, além de pedir um terreno e uma chácara para continuar na bancada oposicionista. O presidente do DEM, Celso Luiz Padovani, denunciou Ervino na delegacia. “Celso foi procurado por Ervino que lhe pediu um empréstimo. O empresário resolveu resgatar os cheques do vereador com compromisso que ele saldaria posteriormente. Há poucos meses, Ervino procurou Celso para resgatar dois cheques ( valor não informado), R$ 6 mil, terreno e uma chácara para votar no candidato dos Democratas a presidente”, explicou o advogado de Padovani, Lanereuton Teodoro Moreira.
O delegado pedirá hoje, ao Judiciário, a quebra de sigilo bancário de Ervino Kovaleski e de sua esposa. Ele não descartou a possibilidade de outras pessoas também terem sigilos abertos. “Até agora, acabamos obtendo a confirmação que o vereador solicitou vantagens indevidas. Vereadores e outras testemunhas acabam confirmando isto”, explicou o delegado. Luiz Henrique aponta ainda que existe indícios que o vereador tenha recebido propina para ser da base de apoio a administração municipal.
Ervino está preso em Sinop (presído Ferrugem). A prisão preventiva dele vence amanhã.”Se não conseguir ouvir todas as testemunhas poderei pedir a prorrogação da prisão”, acrescentou o delegado.
Outro lado
O vereador Ervino Kovaleski declarou, após ter sido preso, em sua casa, que não cometeu qualquer irregularidade. Ele disse estar “indignado” com a ação policial e que é “cidadão de bem” e que mudou de grupo político “por orientação do partido”. Seu advogado está analisando o processo e declarações de testemunhas para decidir as medidas que tomará.
(Atualizada às 15:26h)