O Comando de Policiamento da Área (CPA) de Sinop ouviu, ontem, novos depoimentos do caso Juliano Ferreira da Cruz, 21 anos, morto em decorrência de um suposto espancamento praticado por policiais militares. Foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação. De acordo com o responsável pelo inquérito, capitão Fábio Mota, nem todas os convocados compareceram para prestar esclarecimentos. “Quem faltou será ouvido na terça-feira. Além disso, novas testemunhas foram arroladas ao processo e também serão ouvidas em uma data a ser definida ainda”. Segundo ele, todos que depuseram reafirmaram o que já haviam dito na Polícia Civil. No entanto, o teor das declarações não foi revelado. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanhou a oitiva. Outra acontece na segunda, (1o), quando será ouvido o responsável pelo atendimento de Juliano no Pronto Atendimento.
No último dia 18, foram ouvidos o 2º tenente da PM Efraim Augusto Gonçalves e os soldados Sílvio Augusto Carvalho Carneiro e Wilson Egues dos Santos, responsáveis pela abordagem de Juliano e acusados pela família pelo espancamento. Conforme o capitão Mota, eles reafirmaram o que haviam dito em depoimento à Polícia Judiciária Civil, quando relataram que Juliano, mesmo algemado, tentou fugir por um lago, onde teria quase se afogado. Os PM”s apontaram que tiraram o rapaz da água e realizaram massagem cardiorespiratória.
Conforme Só Notícias já informou, o tenente e os soldados acusados estão temporariamente afastados das atividades externas desde o dia 7 deste mês. Eles estão desempenhando serviços internos, por tempo indeterminado. O inquérito tem prazo inicial para ser concluído até 18 de fevereiro, quando fecham os 40 dias. No entanto, após esse período, a data pode ser estendida por mais 20 dias.