A Polícia Judiciária Civil vai abrir uma Delegacia de Repressão a Roubos na capital. A delegacia terá o papel de investigar apenas os crimes de roubos, ocorridos em toda a Cuiabá, por se tratar de delitos praticados com violência e grave ameaça à pessoa. A unidade será instalada em um prédio, na avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), nº 1040, e será inaugurada em fevereiro deste ano.
A delegacia vai centralizar as informações de roubo, para que as informações das ocorrências de pontos diferentes da cidade possam ser cruzadas e as investigações ganharem êxito na identificação e prisão dos autores. "A abertura da Delegacia de Roubos vai melhorar a eficácia das investigações em cima de quadrilhas, bandos ou crime organizado. Isso ajuda a prevenir outras ocorrências", justifica a diretora metropolitana, Vera Rotilde.
"A ideia é justamente melhorar o atendimento às vítimas de roubos, a exemplo dos comerciantes e as pessoas físicas e jurídicas", complementa.
Conforme Rotilde, a delegacia vai melhorar o banco de dados da polícia, em relação o perfil, características e modo de agir dos bandidos. Também vai trabalhar com um efetivo maior para apurar os crimes. Serão 4 delegados, um titular e três adjuntos, pelo menos 25 investigadores e 6 escrivães. No prédio da delegacia vai ainda funcionar uma central de ocorrências para confecção de boletins, 24 horas.
O ano de 2009 terminou com números menores de ocorrências de roubos na Capital. Foram registrados 5.151 boletins em toda a Cuiabá contra 5.257 registros em 2008. Embora, tenha havido uma pequena redução, para a Polícia Civil os crimes se tornaram mais violentos, devido os números de latrocínios. "Isso trouxe uma preocupação para a Polícia Civil e para a Sejusp", afirma a diretora.
No ano passado, o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Verdão, que atende toda a área central, concluiu 588 inquéritos policiais de crimes de roubos e furtos, com autoria definida dos assaltantes. Somente prisões com ordens judiciais foram executadas 103, pela equipe da delegada, Alana Cardoso.
"Os roubos envolvem ação de quadrilhas e, por isso, demandam uma atenção maior da polícia quanto a sua repressão e investigação", enfatiza o diretor geral da Polícia Judiciária Civil.