A Polícia Civil deflagrou uma megaoperação em várias cidades no interior para coibir a prática de crimes neste fim de ano. A ação, que não havia sido divulgada até esta manhã, começou na quinta-feira e resultou em mais de 120 prisões. Foram cumpridos 139 mandados de busca e apreensão – armas, drogas e objetos.
O foco principal são as regiões de Cáceres e Ponte e Lacerda onde estão 12 equipes compostas por delegados, investigadores e escrivães estão em campo para cumprimento de vários mandados de busca, prisão de foragidos, apreensão de armas e drogas. Na divisa do Brasil com a Bolívia, a operação leva o nome de "Fronteira Limpa".
Ao mesmo tempo, outras dez Delegacias Regionais do interior realizam operação Feliz Natal para "levar tranquilidade aos moradores e comerciantes das cidades, no período de compras de fim de ano".
Nas demais regionais, os números também estão satisfatórios. Já são 64 mandados de busca e apreensão cumpridos, e cerca de 50 presos, sendo 25 por mandados de prisão em aberto nas comarcas.
O delegado geral, Paulo Rubens Vilela, informou, que na fronteira, a operação é continuidade do trabalho da Polícia Civil, na operação Àgata III, realizada de forma conjunta pelas Forças Armadas Brasileiras em parceria com órgãos federais e estaduais, entre os dias 22 de novembro e 5 de dezembro deste ano. Conforme Vilela, a sequência das atividades concretiza o planejamento operacional realizado na primeira operação no cumprimento de medidas judiciais, feitos agora de forma isolada.
"Essa atuação integrada com outras instituições trouxe resultados positivos para todo o sistema de segurança. Sua continuidade concretiza o planejamento operacional, agora com operações isoladas para o cumprimento de outras medidas judiciais", destaca o delegado geral, através da assessoria.
Conforme diretor de interior, Aldo Silva da Costa, nas regionais foi estabelecido o cumprimento de 5 mandados (busca e prisão) por cada delegado. O diretor disse que a ação já estava programada para o começo de dezembro, mas foi adiada por conta da operação do Exército Brasileiro. Na fronteira, como ficou fechada, nossa expectativa era o retorno dos criminosos, já que os traficantes ficaram impossibilitados de se movimentarem nesses 14 dias", disse Aldo Silva da Costa.
Quanto a pessoas investigadas em ações criminosas nas localidades de fronteira com a Bolívia, que se dedicam a prática do tráfico de drogas, roubos, furtos em geral, receptação, corrupção passiva, crimes ambientais, exploração de vulneráveis, violência doméstica e outros delitos, estão trabalhando policiais das três diretorias (Interior, Inteligência e Atividades Especiais).
Na repressão ao tráfico de drogas, cães de faro do canil Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), estão empregados nas ações de busca e segurança policial. Participam também da operação equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE), Polinter, Delegacia do Meio Ambiente, Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) e a Companhia Integrada de Operações Aéreas (CioPaer).
O balanço total da operação será divulgado ao final dos trabalhos, cuja data não foi informada. "Mantivemos sigilo até agora da operação para evitar que os criminosos tomassem conhecimento", destacou o Aldo Silva da Costa.