O delegado Anderson Clayton da Cruz e Veiga, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), concluiu o inquérito policial do assassinato da empresária, Ângela Cristina Peixoto da Silva, 32 anos, ocorrido no dia 16 deste mês, no bairro Jardim Presidente I, no Coxipó, em Cuiabá. O inquérito foi encaminhado ao Fórum da capital, na sexta-feira (25). O delegado confirmou que o crime foi encomendado pelo marido da vítima, Damião Francisco Rezende, 33 anos, e executado por dois jovens (de 20 e 22 anos), motivado pelo tráfico de drogas. A vítima foi morta cruelmente com vários golpes de faca, nas costas. Menos de 24 horas após o crime, os acusados foram presos em flagrante, sendo os executores em Mato Grosso do Sul, e o marido, durante o enterro da mulher, no Cemitério Parque Bom Jesus.
Na madrugada de sexta-feira, os executores foram transferidos de Mato Grosso do Sul para Cuiabá e ouvidos pelo delegado no mesmo dia. A caminhonete S-10 preta, dada como pagamento para a prática do crime, apreendida com os executores na cidade de Miranda (MS), também foi trazida para a capital e periciada. A Polícia Civil descobriu que mais três pessoas estão envolvidas no crime. Elas tiveram pedido de prisão preventiva representado pelo delegado. Uma delas foi identificada como o motorista de um Golf, que deu suporte ao crime.
Os dois executores foram presos na cidade de Miranda, em Mato Grosso do Sul, quando foram barrados pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados ao Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco (GARRAS), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, que lavrou o flagrante dos dois presos, que seguiam para aquele estado com a S-10 roubada da casa da vítima.
Motivação
A Polícia Civil esclareceu que a motivação está relacionada ao tráfico de drogas. Os quase 15 quilos de pasta base e vários componentes químicos utilizados para aumentar o entorpecente, “encontrados no quitinete de um dos executores, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, pertencem ao marido da vítima. A vítima teria descoberto e supostamente foi assassinada por isso”, informa a assessoria.
Conforme o delegado, a droga foi levada da casa da vítima dentro de duas malas, uma vermelha e outra azul, também em pagamento pelo assassinato. “Consideramos que a droga, os R$ 3 mil e mais os objetos levados da casas foram dados em pagamento. Tudo foi carregado no máximo em cinco minutos. O tempo não dava para carregar e organizar na mala”, disse o delegado Anderson Veiga. “A droga encontrada com o executor foi retirada da casa de Damião”, frisou o delegado.
Para o delegado, a parte mais complexa da investigação foi definir a origem da droga e a motivação do crime relacionada ao tráfico de drogas.
Indiciamento
Os envolvidos no crime foram indiciados por homicídio triplamente qualificado mediante recompensa, por motivo torpe sem possibilidade de defesa da vítima e tráfico de drogas. O marido da vítima, Damião Francisco Rezende, também foi indiciado por tráfico de drogas. Ele nega as acusações.
(Atualizada às 16:52h)