A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, operação visando a desarticular organização criminosa em ação na fronteira, a que se imputam os crimes de contrabando e corrupção policial. Foram expedidos 150 mandados de busca e apreensão e 108 ordens de prisão preventiva, das quais 43 em desfavor de policiais.
•Conheça a página de Só Notícias no Facebook
As ações da PF ocorrem em 38 cidades do Paraná, quatro em São Paulo, três no Mato Grosso do Sul, três em Minas Gerais, uma em Rondônia e uma no Mato Grosso. De acordo com a assessoria da polícia, este número de mandados e locais envolvidos evidencia a ampla rede da organização criminosa desarticulada que multiplicava rapidamente sua capacidade de ação delitiva.
Todas as ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Guaíra e em Umuarama, no Paraná, instâncias onde se desenvolveram as investigações policiais ao longo de 14 meses, período em que foram presas em flagrante 202 pessoas e apreendidos mais de 3 milhões de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai, 6,5 toneladas de agrotóxicos de mesma origem, 109 caminhões, 76 automóveis e 13 embarcações.
As investigações demonstraram, ainda, o envolvimento com a organização criminosa de 13 policiais estaduais civis, de 29 militares do Paraná e de 1 Policial Rodoviário Federal, os quais receberiam vantagens econômicas para informar sobre as ações da PF contra o contrabando, garantindo ainda a livre circulação de veículos usados pela quadrilha para distribuir cigarros e agrotóxicos contrabandeados.
O Ministério Público do Paraná em Cascavel, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná e a Corregedoria Regional da PRF colaboraram com as investigações.