Jorge Luiz Tabory foi condenado, ontem à noite, em júri popular, a 51 anos de reclusão pelo assassinato da pró-reitora da UFMT de Rondonópolis, Sorahia Miranda, do professor de zootecnia Alessandro Fraga e do prefeito do campus, Luiz Mauro Pires Russo. O
A juíza Tânia Zucchi de Moraes declarou que o júri entendeu que o Tabory é culpado pelo triplo homicídio e o condenou a 51 anos de prisão por contratar terceiro para cometer o crime, fazer emboscada e não dar chance de defesa das vítimas.
Contudo, a magistrada acredita que o réu não representa perigo para a sociedade, apesar de ter arquitetado o triplo homicídio e que pela boa conduta de Jorge no período em que cumpriu prisão preventiva recebeu o direito de responder a pena em liberdade, até o trânsito em julgado da sentença, que não possui previsão para conclusão.
O promotor Douglas Araújo discorda da forma que a juíza decretou a sentença e afirmou que é totalmente incomum uma pessoa ficar presa durante o encaminhamento do processo, ser condenada e responder em liberdade. "Estamos perplexos e vamos recorrer da sentença proferida que é incomum", disse.
A família de Sorahia saiu do tribunal do júri sem querer se pronunciar. "Não tenho condições de falar nada no momento, esperava que a justiça fosse feita. Não consegui entender essa sentença", disse Suhilde Miranda Lima, irmã da pró-reitora.
O advogado de Jorge Luiz Tabory, Elson Resende, disse que irá decidir, juntamente com o cliente, se recorre da sentença para reduzir a pena e que a decisão da juíza em permitir que Tabory cumpra a sentença em liberdade é totalmente legal.