sexta-feira, 20/setembro/2024
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Maioria dos homicídios na grande Cuiabá é praticada com arma de fogo

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Pela eficácia, a arma de fogo é o meio mais utilizado para prática de crimes de homicídio. O instrumento foi empregado na maioria dos assassinatos ocorridos na Grande Cuiabá, no período de janeiro a setembro deste ano. A capital registrou, em oito meses, 171 homicídios dolosos e Várzea Grande, 95 mortes. Do total de 266 crimes nas duas cidades, em 200 os criminosos escolheram a arma de fogo para matar suas vítimas.

A retirada de circulação de armas de fogo das mãos de pessoas é uma das alternativas para redução do número de homicídios e mortes acidentais no país. De janeiro a junho de 2011, Mato Grosso registrou 335 homicídios dolosos, sendo a maioria na região metropolitana. Em 2010, Mato Grosso apresentou uma redução de 2% nos homicídios dolosos, com 868 mortes contra 885 no ano de 2009. A capital teve queda de 2,9%, de 205 em 2009 para 199 em 2010.

A segunda fase da Campanha do Desarmamento 2011, lançada em Mato Grosso no dia 17 de outubro tem caráter permanente em razão de uma medida provisória. O cidadão agora poderá, a qualquer tempo, entregar sua arma de fogo nas unidades credenciadas das polícias Civil e Militar de Mato Grosso, bem como na Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Com o slogan “Tire uma arma do futuro do Brasil”, a Campanha Nacional do Desarmamento de 2011 foi iniciada no dia 6 de maio e já recolheu mais de 25 mil armas de fogo em todo o Brasil. Em Mato Grosso, a Campanha é coordenada pelo secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública, delegado Anderson Garcia. Conforme o coordenador, além da entrega voluntária de armas, a Secretaria de Segurança Pública espera que haja uma conscientização social da população para o espírito da paz.

Para o delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Antônio Carlos Garcia de Mattos, o emprego da arma de fogo em crimes é cultural. Primeiro, pela facilidade de atacar a vítima sem se aproximar dela e pela sua eficiência. Segundo, pela questão da impunidade, já que os crimes com arma de fogo são mais difíceis de elucidar.

Conforme Garcia, é a certeza da morte que leva o criminoso a optar pela arma de fogo para praticar homicídios. “Parte do princípio que é um meio mais eficaz, atira-se para matar. Um tiro para matar tem que atingir uma área vital e muitas vezes o disparo é sequenciado e efetuado na região da cabeça ou no tronco, onde a tendência é causar hemorragia”, explica o delegado.

Para o presidente da Associação de Familiares Vítimas de Violência, Heitor Geraldo Reyes, o custo das mortes com armas de fogo é muito alto para o Estado, uma vez que as famílias ficam desestruturadas e acabam recorrendo a benefícios do governo.

O presidente também entende que a maioria das mortes com arma têm motivação fútil ou banal. “São armas legais roubadas que estão matando e fomentando o comércio ilegal de armas de fogo”, declarou.

A Associação de Familiares Vítimas de Violência (AFVV) vai ajudar na mobilização social da Campanha do Desarmamento 2011 na Grande Cuiabá.

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