Doze veículos de grande porte com sinais de adulteração, além de várias ferramentas utilizadas para remarcação de chassis, dinheiro, dois automóveis (Corolla e F-1000), uma carga de 12 mil litros de diesel, sal, bebidas e alimentos foram apreendidos, na zona rural do município de Nova Maringá, na operação “Floresta Negra”, desencadeada na sexta-feira (14) até hoje pela manhã. Duas pessoas foram presas.
As investigações, que iniciaram com denúncias de crime ambiental pela Delegacia da Polícia Civil de São José Rio Claro, culminaram na apreensão de um patrimônio avaliado em R$ 2,3 milhões. As cargas possivelmente são produtos de roubo e os veículos, alguns, a polícia já identificou que foram roubados/furtados em Nova Mutim, Primavera do Leste, Campo Verde Rondonópolis e Cuiabá.
No quintal da casa, os policiais encontraram 1 pá carregadeira, quatro veículos grandes (dois tratores/cavalos e duas carretas semi-reboque) com suspeita de serem “Finan” (veículos financiados que deixam de serem pagos) que, segundo o delegado Romildo Souza Grota Junior, estariam sendo utilizados para prática de crimes ambientais e furto de madeira.
Os demais veículos foram encontrados um a um escondidos no meio da mata, cerca de três quilômetros de distância um do outro. Um deles, um treminhão carreta estava carregado com sal mineral. Outros, uma carreta tanque estava com carga de 12 mil litros de diesel, e uma carreta semi-reboque carregada de bebidas. Outra carreta semi-reboque tinha carga de produtos de limpeza.
Ainda na propriedade, uma grande quantidade de ferramentas utilizadas para remarcar chassis foi apreendida como diversos lacres, arames e rebites para emplacamento de veículos, placas de veículos, junto com uma rebitadeira, uma lixadeira, um remarcador de chassi, uma gerador de energia, lonas e documentos de caminhões, além de uma arma de um revólver com seis munições calibre 38 intactas, cerca de R$ 5 mil, um telefone celular, três rádios armadores PX, duas lunetas de espingarda e dois veículos pequenos, uma F-1000 e um Corolla 2006/2007.
Durante uma operação conjunta com policiais civis e militares de Nova Maringá, Tapurah e da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), foram presos em flagrante, Carlos Alberto Prettimo, conhecido como “Carlos Gago” e Valmir Matuszeski, ambos proprietário da fazenda.
Carlos também é suspeito de ter envolvimento na extração ilegal e furto de madeiras no município de Nova Maringá. Os dois foram encaminhado para a cadeia de São José do Rio Claro, onde Valdir irá responder pelos crimes de receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo e formação de quadrilha. Já Carlos pelos crimes de extração ilegal de madeira, furto qualificado de madeiras, formação de quadrilha, estelionato,. receptação, defraudação de penhor e também por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com o delegado Romildo Souza Grota Junior, as investigações continuam para que possam localizar mais veículos, já que o local situado na rural, tem cerca de 800 hectares e é de difícil acesso. Uma pessoa ainda encontra-se foragida.
Conforme o delegado as investigações contarão com auxílio da Delegacia Especializada de Repressão Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA) e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), para realização de perícias nos veículos e no local das apreensçoes. A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) irá auxíliar nas investigações ambientais.
“Na questão ambiental já foram representadas duas prisões preventivas de furto de madeiras e está sendo procurada uma pessoa para cumprimento de um mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo desta Comarca”, observou o delegado Romildo Grota.