Quatro pessoas foram presas pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público, uso de documento falso, posse ilegal de munição e uso de drogas, em Rondonópolis. As prisões foram efetuadas durante a operação "Arara II", deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, com apoio de policiais de outras unidades. Em cinco dias foram efetuadas 7 prisões, em flagrante e cumprimentos de mandados, todas relacionadas à crimes contra o patrimônio.
Presos no bairro Jardim Tropical, W.C.M.C., 33 anos, N.R.S., 43 anos, R.L.C., 29 anos, e J.M.S.G. foram flagrados com 11 documentos de identidade falsos. Cinco dos RG estavam em nome e com foto de R.L.C. e seis com as fotos de W.C.M.C., mas em nome de W.A.S. Este último utilizou o documento fraudado para abrir contas em três agencias bancárias de Rondonópolis.
Na casa, os policiais também localizaram talões de cheques e outra cédula de identidade que havia acabado de ser impressa em uma impressora multifuncional. Três notebooks utilizados nas fraudes de documentos foram apreendidos, além de documentos em nome de diversas pessoas.
Cheques sem fundos da conta correte foram repassados para possíveis vítimas, que deverão ser ouvidas durante o inquérito policial. De acordo com o delegado Claudinei Lopes, titular da DERF, o bando pretendia abrir uma empresa para aplicação de golpes no comércio local. Daí o nome da operação "Arara".
Com a quadrilha os policiais apreenderam ainda 6 aparelhos celulares, R$ 900 em dinheiro, cartões bancários, uma Honda CBX 250, um Fiat Pálio, documentos de veículos, contratos, seis munições calibre 38, uma porção de maconha e outros. "Isso demonstra que, com o lucro obtido com as fraudes, o grupo ainda usava o dinheiro para o consumo de drogas", declarou o delegado Claudinei Lopes.
No decorrer das investigações, a Polícia Civil apurou que N.R.S. e W.C.M.C. são sócios de uma loja de revenda de peças de motocicletas e que o primeiro era investigado por suspeita de receptação e adulteração de sinais identificadores de motos.
O nome de J.M.S.G. ainda será confirmado no inquérito. Ele alega que nasceu e sempre morou em Rondonópolis, com 36 anos. Mas o acusado não aparece em nenhum registro de identidade no Estado de Mato Grosso, conforme averiguado junto ao Instituto de Identificação.
Os demais comparsas possuem históricos de criminais graves. N.R.S. tem acusação de sequestro ou cárcere privado, extorsão qualificada, estelionato (duas vezes) e tentativa de homicídio. R.L.C. já foi indiciado por extorsão mediante sequestro, cuja a vítima é parente do ex-governador Blairo Maggi. Já W.C.M.C. tem passagens por embriaguez ao volante, receptação, porte ilegal de arma de fogo e ameaça com violência doméstica, sendo todos os registros em Primavera do Leste, cidade do acusado.
Todos os presos foram encaminhados à cadeia. As investigações continuam no intuito de serem confirmadas as vítimas dos estelionatos.