Mais um caso de fraude em abastecimento de combustível em veículos do Estado é descoberto pela Polícia Judiciária Civil. Hoje à tarde, policiais do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC-Sul) do Coxipó, prenderam o frentista Clerison Fabrício da Silva, 29 anos, por furto mediante fraude. O suspeito utilizava a senha de um policial militar para fraudar o abastecimento e depois retirar o valor em espécie do caixa. A fraude ocorria desde o dia 8 de setembro.
O veículo que estava com desvio de abastecimento era a viatura da própria equipe policial do CISC Sul, que efetuou a prisão. De acordo com o investigador Leandro Ecco, há alguns dias passou a desconfiar da fraude ao constar abastecimento realizado, sem que tivesse sido colocado o combustível no tanque da viatura. "Hoje fomos abastecer a viatura e fomos informados que tinha um abastecimento de 30 litros de álcool, feito pela manhã", disse.
O frentista em posse do número do cartão de abastecimento, quilômetro e placa da viatura, retirados do comprovante de abastecimento, e utilizando ora senha do policial militar, ora código de acesso de um servidor da Secretaria de Saúde, entrava no sistema de abastecimento e fazia a transação, computando o abastecido do veículo.
O preso foi encaminhado a Central de Plantão de Cuiabá, no Planalto. No dia 23 de agosto, um policial militar e um frentista foram presos em flagrante pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (DEFAZ), da Polícia Judiciária Civil, acusados de crime de peculato. O policial em conjunto com o frentista de um posto de gasolina, na Miguel Sutil, estava fraudando o abastecimento de veículos do Estado.
O policial chegou a fraudar 13 abastecimentos junto com o frentista, num período de 25 dias. No ato da prisão em flagrante, o policial havia acabado de abastecer 23 litros de álcool e registrado 50 litros de gasolina no cartão de abastecimento..
O posto identificou o problema e procurou a Delegacia Fazendária que passou a monitorar o abastecimento de álcool, que era registrado no cartão como gasolina ou em quantidade maior do produto colocado no tanque da viatura. Se o abastecimento era de diesel a quantidade de litros pagos no cartão era maior a quantidade abastecida. Depois o frentista retirava do caixa o dinheiro, que era repartido entre ambos, e cobria com o excedente abastecido no cartão.