O delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, Flávio Stringuetta, disse que novas informações sobre a morte do advogado Alexandre Marchioro da Silva podem mudar o rumo das investigações. Nos últimos dias, ele esteve na região de Sorriso para ouvir algumas pessoas e obter mais detalhes sobre o caso. Além das hipóteses de crime passional e político, que já haviam sido levantadas, ele cogitou a possibilidade de estar ligado ao esquema de golpes do seguro descoberto em 2008. Isso porque um dos indiciados pela morte de Marchioro, Adomires Soares Sampaio (Mandioca), ex-diretor da cadeia de Sorriso, foi acusado de envolvimento no esquema. Ele teve a prisão decretada na época por, supostamente, estar ligado a morte de pessoas com apólice de seguros no município. “Não podemos afirmar nada ainda, mas esta é mais uma hipótese que não pode ser descartada”.
A hipótese de crime passional foi levantada porque o advogado teve as partes íntimas do corpo queimadas. O corpo dele foi encontrado às margens da rodovia de acesso ao município de Vera. Estava a cerca de 15 metros do carro dele, um Astra preto. No local havia rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.
Já de crime político foi cogitada porque Alexandre era assessor jurídico da prefeitura de Nova Ubiratã e também coordenador da campanha do prefeito Osmar Rossetto, o “Chiquinho”.
Stringuetta espera elucidar o caso após análise do depoimento de uma testemunha que denunciou um suspeito de também ter participado do crime. “Se esta pessoa estiver ligada ao crime vai poder nos esclarecer muitas coisas”.