Os 14 dias da segunda edição da Operação Gênesis, realizada nos 983 quilômetros de fronteira seca e alagada entre o Brasil e Bolívia, resultaram na prisão de 116 pessoas, um número três vezes maior que a primeira edição da operação, na qual foram presas 39 pessoas. "O número de prisões deve-se a amplitude da operação, que desta vez atingiu os 28 municípios da faixa de fronteira entre Mato Grosso com a Bolívia. Além das instituições envolvidas, também tivemos o apoio de 64 alunos a soldados da Polícia Militar, cedidos pelo Comando Regional de Cáceres, e duas guarnições da Força Tática de Várzea Grande", disse o coordenador da operação, tenente-coronel PM Antônio Mário Ibanez, comandante do Grupo Especial de Segurança de Fronteira (Gefron).
Além das prisões, a operação resultou em 77 armas e 677 munições apreendidas,11 veículos recuperados, 63 flagrantes registrados, 5.620 veículos abordados, 12.290 pessoas vistoriadas, 41 mandados de prisões cumpridos, 66 notificações realizadas, 499 estrangeiros abordados, 831 CDs e DVDs contrabandeados, apreensão de R$ 6.440,00; 1.545,00 dólares, 479,00 em peso boliviano e 30 celulares e cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão.
O resultado da Operação Gênesis II foi apresentado em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (10.08), na Secretaria de Estado de Segurança Pública, em Cuiabá. "Foi uma operação com resultado altamente positivo, principalmente no que diz respeito aos números quantitativos", destacou Ibanez.
A Operação Gênesis II aconteceu de 26 de julho a 09 de agosto e envolveu, ao todo, quase 600 pessoas de 37 instituições municipais, estaduais e federais, numa força-tarefa de combate aos crimes de fronteira, especialmente ao tráfico internacional de drogas.
Para combater esses ilícitos transfronteiriços foram realizadas 143 barreiras pela polícia, além de patrulhamento fluvial nos rios Cuiabá, São Lourenço, Paraguai e Jauru. Militares a pé também fiscalizaram as chamadas ‘cabriteiras" (estradas vicinais/alternativas abertas com a finalidade de transporte de drogas, para que os ‘mulas"- pessoas que transportam a droga, não tenham que passar pelas barreiras fixas de policiamento).
Para o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado Filho, o foco principal da operação era a prevenção dos crimes na região da fronteira. "Para isso fizemos um trabalho com os organismos de Inteligência e também em parceria com as demais instituições no sentido de evitar a entrada de drogas e demais práticas criminosa na fronteira, além de levar sensação de segurança aos moradores da região da fronteira", observou Diógenes.