A greve dos escrivães e policiais civis de Mato Grosso pode estar próximo do fim. Assembleia da categoria será realizada, hoje, com uma nova proposta salarial do governo do Estado que será pré-definida, ou seja, até 2014, último ano da administração Silval Barbosa (PMDB) os servidores da Polícia Judiciário Civil já saberiam de antemão quanto iriam ter de correção nos salários além da reposição da inflação anual. Já com relação as negociações da Polícia Militar, os entendimentos estão sendo construídos na definição também de uma única política salarial vigente até o último ano do atual mandato, 2014.
A proposta foi formalizada em reunião, ontem, na Assembleia Legislativa, mas como não se tem uma noção se a categoria aceitará ou não a proposta, o governo do Estado preferiu aguardar a realização da assembleia geral para anunciar o entendimento.
Paralisados a mais de 30 dias, os escrivães e investigadores da Polícia Judiciária Civil reclamam o descumprimento de um suposto acordo feito na administração passada que previa reajustes anuais superiores a inflação, o que seria vedado pela legislação, já que uma administração não pode fazer compromissos financeiros futuros em relação a outra administração.
O líder do governo, deputado Romoaldo Júnior (PMDB) sinalizou que as Secretarias de Administração e de Segurança Pública aguardam a manifestação dos sindicatos dos escrivães e dos investigadores de polícia civil quanto a proposta e o fim da paralisação, ressaltando que mesmo paralisados o Estado mantém as conversações e os entendimentos colocando de forma transparente os números da arrecadação e as limitações legais.
Já quanto a Polícia Militar, os entendimentos estão sendo considerados positivos e em evolução. As decisões por ordem do governador Silval Barbosa tem se mantido em patamares de definição até 2014, ou seja, a política salarial será de conhecimento das categorias e cumpridas dentro do mandato atual, sejam elas para os oficiais ou para praças e soldados.
Com o fim do teto salarial dos Poderes Constituídos estando desligado do subsídio do governador do Estado e estando estipulado no salário do desembargador do Tribunal de Justiça que recebe 90,25% do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal – STF, o que representaria hoje R$ 22 mil, as negociações deverão ser fechadas com mais tranqüilidade, deixando para os anos de 2012, 2013 e 2014 as reposições de perdas e correções salariais como um todo.