Investigadores e escrivães aguardam o julgamento do recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para derrumar a decisão do desembargador Guiomar Teodoro Lopes que decretou a greve da categoria ilegal no último dia 20. A presidente do Sindicato dos Escrivães, Genima da Silva, disse que uma comissão de servidores terá uma reunião, na próxima 3ª feira, com o secretário de Estado de Administração, Cesar Zilio, e alguns deputados estaduais, para debater uma nova proposta de reajuste salarial. “Nós esperamos que, desta vez, a proposta atenda ao menos parte das nossas cobranças para acabarmos com a greve”.
Tanto investigadores e escrivães querem equiparação salarial de outras categorias que, tem como exigência para o cargo, o nível superior. Hoje, recebem salário inicial de R$ 2.365 e querem que seja elevado para R$ 3.450. A retomada das negociações, após mais de 30 dias de paralisação, ocorreu após intervenção dos deputados, que cobraram do governador Silval Barbosa medidas para acabar com os movimentos.
Além dos investigadores e escrivães, servidores da Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estão com os braços cruzados, mesmo com a greve decretada ilegal pela Justiça. Todos afirmam que só voltam aos postos de trabalho se o governo atender as reivindicações.
Enquanto isso, a população sofre com a falta de serviços. No Detran, apenas carteiras de habilitação e licenciamentos de veículos vencidos há mais de 30 dias são emitidos. Na Sema, o atraso na análise de processos tem causado prejuízos para alguns setores da economia, entre eles o madeireiro.
Na segurança, todos os roubos, furtos, homicídios, lesões, denunciados pelas vítimas, estão ficando nas gavetas. Apenas flagrantes são atendidos pela Polícia Civil.