O prejuízo que o agricultor Acélio Becker teve com um incêndio em uma área de milho, esta semana, na fazenda Beija Flor, a cerca de 25 km de Nova Mutum, ainda está sendo calculado. No entanto, se forem considerados apenas os 500 hectares que ainda estavam em pé, o prejuízo ultrapassa R$ 300 mil. Ontem, investigadores da Polícia Civil estiveram no local para fazer o laudo de constatação. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) será informada oficialmente do ocorrido na próxima semana.
De acordo o agricultor, somam-se ao prejuízo as horas de trator gastas no plantio e controle de pragas, os custos com mão de obra, óleo diesel, aplicação de herbicidas e todos os gastos de manutenção que envolve o cultivo do milho. Entretanto, uma das situações que o deixa mais decepcionado é o prejuízo para o solo. "Já eram sete anos de plantio direto. Toda essa matéria orgânica, esses nutrientes, se perderam. Esse prejuízo é incalculável", disse.
Conforme Só Notícias já informou, o incêndio foi registrado na terça-feira (26), pela manhã. Um problema elétrico em uma colheitadeira teria iniciado o fogo. Os funcionários da fazenda conseguiram apagar as chamas da máquina, mas do milharal não, pois o vento espalhou as labaredas rapidamente. Vizinhos da propriedade também ajudaram. "Foram usados quatro caminhões tanque de 30 mil litros de água, dois de 10 mil litros, mais tratores e pulverizadores. Só me resta agradecer essa solidariedade", ressaltou. Nove fazendas das imediações se mobilizaram para ajudar.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Nova Mutum, como se tratou de um acidente, o proprietário deve comunicar a situação oficialmente à Sema para evitar uma possível multa. Além dos 500 hectares que ainda seriam colhidos, o fogo destruiu 300 hectares de palhada e cerca de 30 hectares de um reserva. Acélio Becker cultiva a fazenda Beija Flor há 18 anos.