Apesar da decisão judicial apontando ilegalidade da greve dos investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil e determinando a retomada dos trabalhos, o movimento está mantido. O presidente da categoria (Siagespoc), Cledison Gonçalves da Silva, afirmou que investigadores e escrivães devem ficar fora de operações policiais, seja na capital ou no interior. O “pedido” foi anunciado por meio de nota, na página do sindicato, após a notícia de que policiais civis do interior teriam participado de uma operação relacionada ao combate do tráfico de drogas. Hoje, os sindicalistas devem se mobilizar, a partir das 9h, entregando panfletos no centro de Cuiabá e, à tarde, às 14h, deverão fazer uma manifestação em frente a Secretaria Estadual de Segurança Pública.
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A decisão judicial foi publicada na última quinta-feira (21), determinando multa diária de R$ 20 mil caso a categoria rejeitasse retornar ao trabalho. Na sexta, o presidente declarou que a categoria não iria cumprir a decisão e que somente ela tem “poder legítimo para por fim” na mobilização.
A greve dos policiais foi iniciada em 1º de julho, quando a categoria pleiteava a equiparação dos salários com a dos peritos, que é de R$ 6 mil inicial. No dia 13 (quarta-feira), foi paralisada para negociações e, o movimento acabou retomado no dia 19 (terça).
A categoria considerou “indecente” a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.
Sem acordos, a decisão de paralisação foi unânime e apenas 30% do efetivo mantém os trabalhos, como previsto em lei. Com a paralisação, investigações não estão sendo feitas e vários inquéritos aguardam conclusão.