O delegado Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, Flavio Stringueta, deve apresentar, amanhã, retrato falado e o andamento do trabalho de investigação das ameaças contra um juiz criminal em Várzea Grande (que não quer ter nome revelado). Quinze policiais militares e civis, condenados por crimes diversos, estão na lista de suspeitos de terem tentado matar o magistrado. O dossiê com os nomes foi encaminhado para delegacia que conduz as investigações.
O juiz relatou, há poucos dias, em entrevista coletiva, que a ameaça foi em janeiro, em sua casa. Um homem chegou dizendo que "tinha um recado para o magistrado de Santo Antônio de Leverger", onde está localizado o presídio militar. Também disse para 2 vizinhos que "voltaria, pois uma hora ele (o juiz) tinha que voltar para casa". Uma testemunha teria confirmado ao magistrado que o bando teria contratado um pistoleiro para matá-lo. "Esta pessoa, que é ex-mulher de um bandido, me confessou que o pistoleiro já estava na cidade para fazer o serviço. Eles querem se vingar", relatou.
Desde a ameaça de morte, em janeiro, ele anda sob escolta de um policial e 2 seguranças 24 horas por dia. Não tem residência fixa e vive no isolamento, limitando-se ao trabalho e à família. "Eu não tenho mais lugar fixo para morar. Passo um tempo no hotel, na casa de colegas, volto para hotel, não paro muito tempo em um lugar", disse, anteriormente. O magistrado diz estar convicto de que policiais condenados em processos julgados por ele, muitos afastados de seus cargos, estão envolvidos no atentado ocorrido em janeiro.