Servidores da Polícia Civil que compõem a comissão de paralisação se reuniram, no Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais do estado de Mato Grosso (Siagespoc) para organizar as manifestações que serão feitas a partir de amanhã. No primeiro dia da retomada da greve, por não aceitarem a proposta do governo que prometia de imediato, reajuste de menos de R$ 100, eles planejam inclusive, detalhes da prometida invasão nas obras da Arena Pantanal.
Presidente do sindicato, Cledison Gonçalves da Silva, explica que as manifestações vão ocorrer de forma pacífica, como anteriormente. Nas delegacias e Centros Integrados de Segurança e Cidadania (Ciscs) o atendimento durante a greve continua sendo apenas os serviços essenciais, mantidos por 30% dos servidores dos plantões em delegacias de todo Estado.
Conforme Só Notícias já informou, escrivães e investigadores pleiteiam salários de R$ 3,5 mil compatíveis com o nível superior, que o governo reconheceu a categoria, mas propôs um salário bem aquém do piso que é pago para servidores de outras pastas. Conforme a proposta apresentada via e-mail, pela Secretaria de Administração (SAD) de R$ 2.460 como salário inicial e o final de carreira de R$ 6.231 para classe E, nível mais alto da carreira, foi o máximo possível, de acordo com o governo, dentro do orçamento disponível.
A greve dos investigadores e escrivães começou em 1º de julho e foi suspensa após 13 dias, para que o governo pudesse apresentar uma proposta de reajuste salarial. Mas sem acordo, o movimento grevista foi retomado com a promessa de radicalizar para chamar a atenção do governo, que estaria, segundo os sindicalistas, preocupado apenas com as obras da Copa e deixando de lado a Segurança Pública. No Estado existem, de acordo com o sindicato, 1.760 investigadores e 380 escrivães que cruzamos braços e travarem as investigações e registros de ocorrências nos 141 municípios mato-grossenses.