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PF prende grupo que extraiu R$ 60 milhões em minério na divisa de MT

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A Polícia Federal em Rondônia deflagrou, hoje pela manhã, a Operação Ouro Preto. O objetivo era desarticular organização criminosa que atuava na devastação da floresta amazônica e extração ilegal de minérios. As investigações iniciaram em 2008 visando apurar a extração ilegal de minério (cassiterita) no interior da terra indígena Tenharim-Igarapé-Preto, localizada nas divisas entre os estados de Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.

O local é de difícil acesso, em plena floresta amazônica. Nas investigações constatou-se a existência de uma organização criminosa estruturada e estabelecida na cidade de Ariquemes (RO), promovendo extração ilegal de cassiterita há anos, provocando grandes prejuízos à União e ao meio ambiente.

Segundo levantamentos, a organização criminosa agia como uma empresa, com setores especializados em cada etapa do processo criminoso. Parte da quadrilha era responsável pelo abastecimento de suprimentos básico como combustível, alimentação, além do aluguel de maquinários pesados necessários ao desenvolvimento da atividade. Outros integrantes da organização criminosa se dedicavam ao transporte e venda do minério, especialmente para grandes empresas sediadas em Ariquemes. Outro segmento da organização criminosa se dedicava a “esquentar” o produto ilegalmente extraído da terra indígena, utilizando notas fiscais “frias”, emitidas por cooperativas de garimpeiros da região de Ariquemes, possibilitando a venda e exportação do mineral para grandes companhias.

Estima-se que nos últimos cinco anos foram extraídas ilegalmente da área, mais de 2,5 mil toneladas de cassiterita por diversos infratores, tendo um prejuízo de mais R$ 60 milhões, desconsiderando-se o valor do dano ambiental causado. A área degradada é de aproximadamente 1 mil hectares.

Foram cumpridos oito mandados de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e cooperativas de garimpeiros da região, além do sequestro de 35 veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados.

Os investigados responderão pelos crimes de receptação, formação de quadrilha, falsidade ideológica, usurpação de bem público da União e extração ilegal de

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