O Governo Estadual deve apresentar, na próxima quarta-feira (22) a tabela com a contraproposta de reajuste salarial para investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil (PJC). A confirmação é do presidente da sub-sede do Sindicato dos Investigadores (Siagespoc) em Sinop, Paulo Rondon. “A categoria vai aguardar essa proposta para se reunir e ver se aceita ou entra em greve”, explicou ao Só Notícias.
A definição foi feita ontem durante reunião entre representantes da categoria e o secretário Estadual de Administração, César Zílio, em Cuiabá. Amanhã, está marcada assembleia com investigadores e escrivães para ser repassado os itens discutidos na reunião.
A categoria, conforme Só Notícias informou, pleiteia a equiparação dos salários com o dos peritos, que é de R$ 6 mil no início de carreira. Segundo Rondon, na reunião os representantes do governo apontaram a dificuldade na aplicação devido ao impacto que causará, porém, o sindicalista acredita em resultados positivos nas negociações.
Atualmente, o salário inicial da classe é de R$ 2,3 mil e que pode chegar a R$ 5,2 mil. Duas mobilizações foram realizadas pela categoria neste mês (a primeira, no dia 3 e, a última entre os dias 7 e 9) como forma de pressionar o governo do Estado para abrir negociações. Neste período, apenas flagrantes e outros casos mais complexos estavam sendo atendidos.
Conforme Só Notícias informou, há também a reivindicação de reestruturação do setor. Das 104 delegacias existentes em Mato Grosso, 56 têm efetivo inferior a 5 investigadores, número mínimo considerado para que as unidades tenham condições de atender as demandas da população. Além de que 52 não possuem delegados e outras quatorze mantém as portas abertas com apenas um investigador fazendo todas as funções.
Para o Siagespoc, o principal problema é a falta de efetivo. De acordo com números do sindicato, Mato Grosso tem 2,1 mil investigadores e escrivães.