A Polícia Civil mantém presas sete pessoas investigadas na operação São Tomé, desencadeada no último dia 10 no Nortão, sobre grilagem de terra, falsificação de documentos e extração ilegal de madeira que foi comercializada. Inicialmente, os mandados judiciais foram para 5 dias de prisões. Foram 15 presos. Metade prestou esclarecimentos e foi liberada. O delegado Luiz Henrique de Oliveira, de Sinop, informou, agora há pouco, que permanecem presos:
José Almir de Melo, acusado de grilagem de terra e uso documentos falsos na Sema e comercialização de créditos florestais; Luiz Carlos de Melo, também acusado de grilagem de fazenda e comercialização de créditos florestais; Antonio Paulo de Oliveira (Pachola), apontado pela polícia como articulador e autor da grilagem de terras (esbulho), posse e porte de armas de fogo, crimes ambientais, sócio da Fazenda Moreira; Jackson Monteiro Medeiros, servidor da Sema responsável pela fiscalização in loco que ratificou a fraude no PEF (Plano de Exploração Florestal) da fazenda.
Em Cuiabá, segundo o delegado, continuam presos o engenheiro florestal Péricles Pereira Sena, responsável pelo PEF fraudado; Roselayne Laura da Silva Moreira, servidora da Sema que aprovou a PEF fraudado no âmbito da Coordenadoria de Gestão Florestal, mesmo havendo vários indícios de fraude no processo administrativo e Gilmar Aliberte, suspeito de comercialização de créditos florestais das toras extraídas da fazenda.
Nesta manhã, conforme Só Notícias informou, o advogado Antônio Fernando Alves dos Santos, foi liberado em Sinop após prestar depoimento, ontem. Também foi liberado o tabelião de Peixoto de Azevedo, Antônio Guedes Ferreira, que é apontado pela polícia “por envovimento na falsificação documentos para grilagem”. Ao prestar depoimento, de acordo com o delegado, ele afirmou que assinou as documentações mas não agiu de má fé. “Disse que foi induzido ao erro por funcionários pois trabalha com vários documentos que precisam da rubrica”, relatou Luiz Henrique, ao Só Notícias.
A operação São Tomé investiga fraudes ambientais em uma área no Nortão para a extração de toras e venda de madeira com documentos fraudulentos. A quadrilha invadia terras, falsificava documentos para regularização da propriedade junto ao Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e, posteriormente, entrava com pedido de plano de exploração ambiental na Sema para conseguir créditos florestais que eram usados para comercializar madeiras extraídas ilegalmente.
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