A Polícia Civil prendeu, esta manhã, em Sinop, um advogado, um servidor da Sema e um empresário, que são investigados por crimes ambientais – falsificação em projetos manejo (para extração de madeira nas matas) e fraudes em créditos virtuais (documentos para ser feita venda de madeira) na Secretaria de Meio Ambiente. A justiça mandou prender 17 pessoas (prisões temporárias – 5 dias). Só Notícias apurou que 15 foram presas, até agora, e duas não foram localizadas. O balanço final será divulgado à tarde. Os nomes dos acusados ainda não foram informados porque a operação São Tomé ainda está em andamento e há mais mandados para serem cumpridos.
O delegado de Polícia Civil em Sinop, Luiz Henrique, confirmou, ao Só Notícias, que também foram feitas 3 prisões em União do Sul, uma em Marcelândia e outra em Peixoto de Azevedo. Outro empresário de Sinop foi pego no Paraná. O delegado disse ainda que há alguns acusados sendo investigados por grilagem de terras de onde era furtada madeira. 3 em Cuiabá e Várzea Grande. Um mandado foi expedido para prender um acusado em Tabaporã (140 km de Sinop).
O centro das investigações é uma fazenda em União do Sul (130 km de Sinop), invadida em 2007. Os invasores conseguiram fraudar documentos atestando que havia mais de 20 mil metros cúbicos de madeira. Só que esta quantidade já havia sido retirada. O documento fraudulento foi vendido para esquentar a retirada de madeira de outras áreas onde não havia plano de manejo.
O inquérito é coordenado pela Delegacia de Meio Ambiente do Estado, sediada em Cuiabá, pelo delegado Carlos Cunha. De acordo com a assessoria, os presos responderão por formação de quadrilha, espulho possessório, falsidade documental, uso de documento falso, extração ilegal de madeira, inserção de dados falsos em bancos de dados da administração pública, denunciação caluniosa, e corrupção ativa e passiva.
A presidente da OAB Sinop, Soraide Castro, disse que está tentando viabilizar a transferência do advogado para uma sala no Corpo de Bombeiros.
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(Atualizada às 09:29h)