O aposentado Onofre Pimentel, 67, foi brutalmente assassinado a facadas por causa de R$ 100. O crime ocorreu em uma chácara na região Vale do Pari, a poucos quilômetros de Várzea Grande, onde a vítima morava. Além dele, o caseiro Abel Inácio Batista, 67, estava no local e presenciou o crime.
Armado com duas facas e um facão, o latrocida chegou na chácara pedindo dinheiro. Abel contou à polícia que estava do lado de fora e disse que não tinha nada de valor na casa. Mesmo assim, o criminoso amarrou ele em uma cadeira e entrou.
Onofre estava em um dos cômodos e foi surpreendido pelo bandido na porta. Já debilitado pela idade, sem conseguir se defender, ele foi alvejado com um golpe de faca no tórax e não resistiu, morrendo praticamente na hora. O corpo ficou caído na cama.
Abel relatou aos policiais que o assaltante ainda pegou R$ 100 que estava na residência e mostrou para ele dizendo que "encontrou o dinheiro" e que era para ele ficar quieto, pois estava acompanhado de outra pessoa, que estava na estrada vigiando.
Com medo de ser morto como o amigo, o caseiro conseguiu se soltar da cadeira onde foi amarrado e se esconder atrás de uma parede. Ele ainda relatou à guarnição que o latrocida já teria passado pela propriedade há alguns dias pedindo água, provavelmente para sondá-los. E que é comum pessoas passarem pelo local pedindo informações.
Segundo o cabo Ribeiro Souza da Polícia Militar, ao que tudo indica, o autor do crime já conhecia o local e as vítimas. "Eles se aproveitam dessas pessoas, que se tornam alvos fáceis, devido a fragilidade e os locais onde vivem, muito isoladas".
O proprietário da chácara afirmou aos policiais que Onofre recebia um salário mínimo de aposentadoria. O dinheiro era sacado por ele, que também fazia algumas compras na cidade a pedido do aposentado. O valor que sobrava não era muito.
A informação é de que Onofre não tinha familiares na região e, como já não tinha condições de trabalhar, foi morar na chácara em companhia do amigo Abel.
O caso será investigado pela Polícia Judiciária Civil de Várzea Grande. O primeiro passo será levantar o nome de suspeitos que residem nas proximidades ou que costumam percorrer propriedades da região.