A Polícia Judiciária Civil desarticulou a principal quadrilha que vinha praticando vários furtos de gado em Poconé e região. Dez pessoas foram indiciadas em inquérito policial pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha e receptação. Todas tiveram pedido de prisão preventiva no curso da investigação.
Entre os indiciados e com pedido de prisão está E.J.A.M. dono de açougues e de uma fazenda na região de Jangada, para onde era levado o gado furtado para abate. Na fazenda dele, a Polícia Civil recuperou neste ano 52 cabeças furtadas em Mirassol D"Oeste.
Na quinta-feira (19), foram presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva, M.S.A.N., 29 anos, e A.C.M., 32 anos. Outras três pessoas também estão com mandado de prisão em aberto e deverão ser presas nas investigações conduzidas pelo delegado Rodrigo Bastos.
O indiciado E.S., 34 anos, está preso desde o dia 1º de novembro, pelo furto de 70 cabeças de gado. Ele teve novamente a prisão preventiva representada no furto de 105 bezerros ocorrido entre os meses de julho e agosto deste ano, de onde o proprietário deu por falta do gado comente em setembro, quando foi comunicado à Delegacia da Polícia Civil. O suspeito também é investigado por estupro de uma menor de 11 anos, praticado em Nossa Senhora do Livramento, em agosto deste ano. De acordo com as investigações, o suspeito se apresentou a vítima usando o nome falso. Ele está com prisão decretada pelo crime.
E.S. confessou em seu interrogatório a participação na subtração dos animais e contou que os bezerros furtados da propriedade rural foram transportado em um caminhão e deixados na fazenda de E.J.A.M., em Jangada.
O mesmo grupo também furtou 70 cabeças de gado, no dia 1º de setembro, de outra fazenda em Poconé. O gado foi tocado a cavalo da propriedade e com a autorização de um funcionário envolvido foi embarcada em um caminhão e transportado também até a fazenda do suspeito, em Jangada.
Alvo de várias investigações da Polícia Judiciária Civil por envolvimento de roubo de gados, sob encomenda, E.J.A.M. foi preso em maio de 2010 na operação "Boi Gordo", deflagrada pela delegacia de Nobres, que resultou na prisão de seis pessoas. Em 2002, a quadrilha de "E.J.A.M. também foi foco da operação "Campeiro", deflagrada pela Polícia Civil em Tangará da Serra. Nos roubos praticados, a quantidade de gado era sempre em grande número de cabeças e a quadrilha contava com auxílios de informantes.
"E.J.A.M. tem passagens por roubo, furto, tráfico de drogas, estelionato, formação de quadrilha e pelo menos três prisões preventivas em aberto. "Estamos diante de um verdadeiro grupo organizado especializado na subtração e venda de gado", afirmou o delegado Rodrigo Bastos.