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Gaeco denuncia 29 por roubos em transportadoras em Cuiabá

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O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou 29 pessoas acusadas de formarem uma das mais perigosas e atuantes quadrilhas especializadas em roubos a transportadoras e empresas de logística da região metropolitana de Cuiabá. O bando é apontado como autor de pelo menos 7 grandes assaltos e, em apenas 6 meses, "arrecadou" mais de R$ 7 milhões.

São apontados pelos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Sérgio Silva da Costa e Arnaldo Justino da Silva, como líderes Fausto Fernando Durgo Filho, 38, o "Faustão", Paulo Eduardo da Silva e Thiago Galdino de Figueiredo, o "Thiaguinho", que de dentro de uma unidade prisional planejava e coordenava os assaltos.

Faustão possui uma extensa ficha criminal. Ele já é condenado a 44 anos e 6 meses por roubos, homicídios e formação de quadrilha. Foi preso em 1997 e colocado em liberdade condicional em dezembro de 2010. Todos os acusados foram identificados durante a operação "Lista Amarela", da Polícia Civil, deflagrada no início do mês de dezembro.

Na organização, Faustão é apontado como o grande líder. É ele quem conseguia as armas, os veículos usados no transporte dos produtos, a arregimentação de motoristas e a escolha de quais integrantes da quadrilha participariam do assalto. Após o crime, recebia as mercadorias, as revendia para receptadores de sua confiança, em alguns casos até com pagamento parcelado, e repassava o dinheiro aos integrantes da quadrilha.

Chama a atenção dos promotores a participação efetiva de mulheres na organização. Além do suporte logístico, como a observação de eventuais alvos e o aluguel de casas onde o material roubado era guardado, elas atuavam na condição de "olheiras" durante o cometimento dos roubos e também intermediavam contatos entre os integrantes da quadrilha.

São elas Tabitha Chioratto Costa de Figueiredo, namorada de Thiaguinho que confessou realizar a movimentação financeira da parte do namorado nos crimes, Glauce Silva Neves, que alugou residências onde o bando escondeu os produtos roubados em pelo menos duas ocasiões, e Jamille Paula Gluchowski, a "Cabeluda", que atuou como olheira no roubo de uma distribuidora de medicamentos. Outra integrante do bando é Silvia Maria Spinelli, que tinha atuação semelhante a de Glauce nos roubos.

Uma das ações mais espetaculares do bando foi o assalto a uma distribuidora de telefones celulares e tablets de uma operadora de telefonia. O crime, cometido em junho deste ano, rendeu para o bando cerca de R$ 4 milhões em produtos. Para que esse assalto fosse cometido foi necessária a participação de outro suspeito, Anderson Silvano Miranda Leite, o "Cojeca", motorista da empresa que faz a entrega dos produtos nas lojas.

Valendo-se da função, ele teria apresentado a empresa para Higor Fernando dos Santos Nazário e outro suspeito, não identificado. Além de entrarem na parte de depósito, eles receberam informações privilegiadas do funcionamento da empresa, melhor horário para a prática do roubo e o momento exato em que o depósito estaria com maior número de aparelhos. O uso de funcionários para obter informações privilegiadas era uma constante na rotina da quadrilha. Márcio José da Silva teria feito a mesma coisa com relação a uma distribuidora de medicamentos, assaltada em julho deste ano, com prejuízo de cerca de R$ 500 mil.

Além das 7 acusações de assalto à mão armada, os 29 integrantes do bando foram denunciados pelo crime de formação de quadrilha.

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