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Rondonópolis: polícia esclarece morte de candidato e 2 são pegos

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A Polícia Judiciária Civil prendeu dois suspeitos de assassinar o candidato a vereador de Rondonópolis, João César Domingos da Silva, 35 anos. No sábado (27), policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) cumpriram mandado de prisão temporária (30 dias) contra M.M.S.S., 18 anos, e ordem de internação contra o menor I.F.J., 17 anos.

O candidato foi assassinado no dia 19 de setembro deste ano, por volta das 23h45, no anel viário da MT-130, próximo ao Residencial Ananias Filho, em Rondonópolis. A vítima foi executada com dois tiros na cabeça. Durante 25 dias de investigações conduzidas pelo delegado Claudinei Lopes, com apoio do núcleo de inteligência da Delegacia Regional de Rondonópolis, a Polícia Civil constatou que M.M.S.S. recebeu três ligações da vítima antes de ser executada. O suspeito também ligou para o comparsa adolescente informando sobre a chegada de João ao local, previamente combinado com ele.

Segundo as investigações, M.M.S.S. constantemente saia com a vítima e recebia entre R$ 100 a R$ 200. Ele também tinha conhecimento que a vitima teria recebido R$ 10 mil de um colaborador de sua campanha eleitoral. Então planejou junto com o menor o assalto ao servidor público. Mas, de acordo com as apurações, a vítima recebeu apenas R$ 2 mil e efetuado pagamento de cabos eleitorais, permanecendo apenas com R$ 200.

Os dois suspeitos teriam comprado um revólver calibre 38 e planejado a morte da vítima, para evitar a identificação da autoria, pois eram conhecidos dela. No dia do crime, M.M.S.S., sob efeito de maconha, entrou do lado do passageiro do carro da vítima, um Gol, e o menor sentou-se no banco traseiro. O veículo seguiu pela avenida Bandeirantes, sentido Vila Operária, e próximo a Igreja São José do Operário, M.M.S.S. deu o sinal com a cabeça e o menor anunciou o assalto, puxando a arma de fogo, exigindo R$ 20 mil.

A vítima teria implorado para não ser morta, dizendo que não tinha o dinheiro, mas conseguiria no outro dia. Diante da negativa, M.M.S.S. deu um tapa no rosto de João e tomou a direção do carro seguindo para o anel viário. Próximo a uma porteira, parou o carro e todos desceram do veículo. O menor com arma em punho não conseguiu atirar e então M.M.S.S. tomou o revólver e efetuou o primeiro disparo. Depois passou a arma ao menor que deu o segundo tiro.

Após o crime, os dois saíram do local no veículo da vítima levando os R$ 200 que estavam com ela. O carro foi abandonado no bairro Jardim Primavera, próximo ao Jardim Dom Bosco, onde moram os suspeitos.

A arma do crime foi encontrada em poder o menor e encaminhada à perícia técnica para confronto balístico com os dois projeteis, um encontrado no local do crime e outro retirado do crânio da vítima.

O delegado Claudinei Lopes indiciou o suspeito M.M.S.S. por latrocínio (roubo seguido de morte) com penas de 20 a 30 anos. O adolescente cumprirá medida de internação de até 3 anos. M.M.S.S. está na cadeia de Rondonópolis e o menor foi encaminhado ao Centro Socioeducativo do município.

Repercussão
Conforme o delegado Claudinei Lopes, o crime causou grande comoção na cidade e em toda a Região Sul. A vítima João Cesar era candidato a vereador em Rondonópolis, atuava no setor de obras do município, além de ser bastante conhecida nos bairros da cidade. “No início das investigações surgiram especulações de crime com cunho político ou uma possível pistolagem, mas tal hipótese está completamente descartada, com as provas mencionadas e com os levantamentos sobre os círculos de amizades dos autores e proximidade íntima entre M.M.S.S. e João César”, esclarece.

O delegado regional, Percival Eleotério de Paula, destacou o empenho de toda a equipe designada para elucidar o caso, de grande repercussão na cidade.

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