A Polícia Federal já desencadeou cinco operações este ano em Mato Grosso que resultaram em pelo menos 30 pessoas presas. Balanço do próprio órgão aponta que a quantidade de pessoas “atrás da grades” corresponde a pouco mais de 7,5% do montante nacional, 398 em 81 operações.
A estatística da PF aponta que na quarta operação, São Lourenço, em março, foi registrado o maior número de prisões, 21. O objetivo foi combate à falsificação, comercialização e contrabando de agrotóxicos. Mandados de prisões, busca, apreensão e condução coercitiva foram cumpridos em Rondonópolis, Poxoréu, Primavera do Leste, Jaciara, Campo Verde, Nova Xavantina, Dourados (MS), Fernandópolis (SP), Monte Aprazível (SP), Miguelópolis (SP) e Ituverava (SP).
A outra operação na qual foram registradas nove prisões foi a Raiz, a primeira do ano, em fevereiro. O foco foi para desarticular uma quadrilha que atuava na penitenciária da Mata Grande (em Rondonópolis), de onde controlavam a distribuição de entorpecentes na região Sul de Mato Grosso. Um policial militar que participava dos crimes facilitando a entrada de drogas e telefones celulares no presídio estava entre os presos.
Nas outra três operações ninguém foi preso. Na BPC, em fevereiro, foi desarticulado um esquema de fraudes que consistiam em inserções de dados falsos nos sistemas da Previdência Social, para serem utilizados nas concessões de benefícios previdenciários. 39 mandados judiciais foram expedidos, sendo quatro mandados de busca e apreensão e 35 mandados de condução coercitiva.
Pro Vita foi o nome da outra operação. Desencadeada em março, Barra do Garças, investigações revelaram a existência de uma rede criminosa, dividida em duas ramificações que interagiam. A primeira, importava e distribuía medicamentos de origem estrangeira sem o necessário registro na Anvisa. A outra, composta por médicos e pessoas associadas, realizavam procedimentos abortivos mediante recebimento de vantagens financeiras. 66 mandados judiciais foram cumpridos.
A última operação feita foi a Deméter, em abril. Segundo uma denúncia feita à Ouvidoria do Ministério Público, um indivíduo da cidade de Jauru falsificava há oito anos documentos para facilitar a concessão de benefícios previdenciários. 34 mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal de Cáceres/MT, sendo 18 mandados de mandados de busca e apreensão e 16 conduções coercitivas. Buscas foram realizadas na residência de uma servidora do INSS e de um vereador, bem como em duas agências da Previdência Social em Cuiabá.