A delegada da Polícia Civil, Anaide Barros, concluiu as investigações do desaparecimento e morte da adolescente Maiana Vilela Mariano, 16 anos. O inquérito policial foi encaminhado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) ao Fórum da Capital, ontem à noite, com pedido de prisão preventiva de quatro dos envolvidos.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Rogério Silva Amorim, 38 anos, da ex-esposa dele, Calisângela de Moraes, 36 anos, apontados como os mandantes do crime. Além dos executores Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre Nunes da Silva. Eles teriam recebidos R$ 5 mil pelo crime, além da moto que Carlos ainda a revendeu.
Os quatro foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, sem reação de defesa da vítima, emboscada, paga ou recompensa, e ocultação de cadáver. Paulo e Alexandre também foram indiciados pelo furto de R$ 100, da carteira de Maiana.
Apontado como um dos executores, Paulo Ferreira Martins, confessou que matou a adolescente asfixiada com um pano na boca e com ajuda de Carlos Alexandre transportou o corpo até a região de Coxipó do Ouro, utilizando o próprio carro, um Fiat Uno cinza, que revendeu depois.
A adolescente Maiana Vilela Mariano desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011, depois descontar um cheque em uma agência bancária, no CPA II, em Cuiabá. Em cinco meses de investigações, a Polícia Civil esclareceu que adolescente foi assassinada. No dia 25 de maio, o corpo da jovem foi localizado enterrado em uma cova rasa, no meio da mata, próximo a uma estrada de chão, na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá. No mesmo dia a DHPP prendeu oito pessoas suspeitas de ligação com morte da menor. Quatro delas permanecem presas por mandados de prisão temporária (30 dias).
Nesta semana, a Polícia Civil recebeu laudo de exame ondontomorto (arcada dentária), feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML), com a confirmação que a ossada encontrada é mesmo da adolescente. Outros dois laudos ainda serão entregues a DHPP, um de DNA e outro do estudo antropológico da ossada, que identifica entre outros quesitos, idade, estatura, tempo da morte e causa. Os laudos serão juntados ao inquérito policial no Fórum.
A delegada Anaide Barros disse que motivação está relacionada a algum fato delituoso da vida de Rogério, que tem passagens por falsidade ideológica ou mesmo pelo motivo de Maiana estar grávida de outra pessoa. Os dois supostos motivos não foram possíveis serem definidos, primeiro devido à recusa de Rogério em falar e, segundo, pelo adiantado estado de decomposição do corpo da jovem.
O inquérito policial ficará a cargo da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Fórum da Capital.