O delegado Paulo Rubens Vilela, que foi afastado pela justiça federal, em janeiro, do cargo de diretor geral da Polícia Civil de Mato Grosso, divulgou nota, esta manhã, desejando sucesso ao novo diretor, o delegado Anderson Garcia. Vilela recorreu do afastamento mas não conseguiu reverter a decisão e voltar a comandar a corporação. Ele é acusado de ter interferido em uma investigação da polícia de um suposto crime de compra de votos, ocorrido no município de Campo Verde (131 km ao sul da capital). Ele teria avocado (trazido para sua responsabilidade) o caso com a intenção de proteger o candidato acusado.
Na nota, ele faz agradecimentos e que sua gestão na diretoria geral "foi pautada na democracia, transparência, e coragem de mudanças em alguns setores para melhorar a atividade policial, notadamente, operacional (incremento substancial nas operações policiais). É com bastante serenidade que agradeço a Deus, a paciência da minha família, ao governador do Estado, ao secretário de Segurança Pública, diretores pelo apoio e os resultados que juntos alcançamos no período que exerci o cargo mais importante da Polícia Judiciária Civil. Os servidores, que bem me conhecem, sabem que geri as funções institucionais com a missão precípua de bem representar a instituição, reestruturando alguns setores, tais como, inteligência, atividades especiais (GCCO), reativação da DERF e implantação da Coordenadoria de Polícia Comunitária", expôs.
Vilela concluiu pedindo "escusas para aquele servidor quando da direção superior, visando o interesse público, institucional e atendendo a conveniência do serviço policial, tomei decisão contrariando seus próprios interesses".