A Polícia Civil investiga a morte de cerca de 2 mil peixes, avaliados em R$ 20 mil, em uma represa na região do Rio dos Couros, em Cuiabá. De acordo com o titular da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), Carlos Fernando Cunha, três linhas de investigação foram adotadas, a do envenenamento deliberado, da contaminação da água e de que fatores naturais tenham contribuído para a morte dos animais. Cunha destaca que ainda é prematura apontar qualquer uma das três hipóteses. “Somente após a análise da água, já solicitada, é que teremos uma indicação para prosseguirmos com a investigação”.
Uma das hipóteses levantadas é a que algum empreendimento potencialmente poluidor, que atue com a criação de gado confinado, pode ter contaminado o poço de onde sai a água que abastece o tanque. “A morte seria causada pelo chorume das fezes deste gado, depositadas no solo, ou até mesmo levada pelas chuvas até a represa”. Com isso, acentua-se a criação de microalgas, que utilizam o oxigênio do tanque, matando os peixes asfixiados.
Outra tese levantada seria o envenenamento, por algum desafeto do proprietário dos peixes utilizando o urucum, substância usada para matar os peixes. “Mas não há nenhum suspeito, porque o produtor não possui nenhum inimigo”. A terceira teoria diz respeito a mudanças no PH da água, que poderiam causar a morte natural dos animais.