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Justiça de MT condena mais 12 de quadrilha de assalto a bancos

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A Justiça de Mato Grosso condenou mais 12 réus acusados de assaltos na modalidade "saidinha de banco" presos durante a operação "Sétimo Mandamento" deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em dezembro de 2011. As penas da sentença, proferida pela juíza de Direito Selma Rosane Santos Arruda, somadas, chegam a cerca de 150 anos de prisão, pelos crimes de assalto a mão armada e formação de quadrilha. No início do ano, 26 criminosos flagrados na mesma operação foram condenados. No total, o Gaeco denunciou 44 pessoas pelos roubos.

O processo precisou ser desmembrado depois que o desembargador Pedro Sakamoto, em uma decisão liminar, colocou todos os réus em liberdade. Mesmo tendo o Gaeco conseguido reverter o quadro com o restabelecimento das prisões, nem todos foram recapturados. Esta segunda fase do julgamento possui 2 réus foragidos e um que havia conseguido responder ao processo em liberdade. Um dos réus acabou absolvido.

De todos os condenados, Maurício de Amorim, o Negão, recebeu a maior pena, 47 anos e 10 meses de prisão. Outro que recebeu uma pena alta foi Sidney da Silva Monteiro, 26 anos e 6 meses de reclusão. Os 2 são apontados, na decisão, como pessoas de alta periculosidade. Enquanto Amorim era considerado alguém da "linha de frente" da quadrilha, Monteiro é apontado pelo Gaeco como um dos líderes da quadrilha, responsável por 38 roubos, em todas as regiões da cidade, em um espaço de 3 meses.

De acordo com a denúncia, a quadrilha era dividida em 4 equipes e cada uma comandada por um líder. Os integrantes convidados a participarem das ações criminosas eram escalados pelo chefe do grupo. Em geral, eram escolhidos um ‘olheiro", responsável por identificar as vítimas, permanecendo no interior das agências bancárias, um ‘piloto" responsável por guiar as motocicletas usadas nos roubos, um ‘pegador", que era aquele que, armado, anunciava o assalto, além do próprio líder, que geralmente exercia a função de apoio ao grupo.

As investigações mostraram que a escolha dos integrantes dos grupos era feita de acordo com a especialidade do criminoso. Cada componente do bando tinha uma função pré-estabelecida. As investigações da quadrilha começaram no segundo semestre de 2011, quando era registrado em média um crime do tipo por dia em Cuiabá. Durante o monitoramento, os promotores de Justiça constataram a existência de pelo menos 4 quadrilhas organizadas para a prática das saidinhas. Os integrantes dos grupos se relacionavam entre si e combinavam novas ações, algumas flagradas por interceptações telefônicas.

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