sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Cuiabá: PF cumpre mandados e apreende R$ 230 mil em dinheiro

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A Polícia Federal informou que cumpriu, hoje, em Cuiabá, os sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Durante a ação, foram apreendidos aproximadamente R$ 230 mil em dinheiro, diversos documentos, comprovantes de depósito, celulares e mídias (CDs, HDs). Em uma das buscas, um investigado foi preso em flagrante por porte ilegal de munição. Ele pagou fiança e foi liberado. De acordo com informações da assessoria da PF, as investigações referentes à operação Ararath estão sob segredo de justiça.

A PF não confirma mas, durante a ação policial, o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o presidente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Gian Castrillon, foram alvos de mandados de busca e apreensão. A assessoria da Justiça Federal confirmou a diligência ao gabinete do juiz. No entanto, o magistrado não deve se pronunciar sobre o caso. Os policiais também foram à residência dele. Não foi confirmado o que exatamente foi apreendido no gabinete de Julier

Já o presidente do Detran confirmou, ao Gazeta Digital, que recebeu os agentes da PF. No entanto, negou ter qualquer tipo de participação no esquema fraudulento. Ele afirmou que jamais movimentou qualquer quantia financeira que não fosse o seu salário e que, embora possua cinco veículos em seu nome, mantém apenas dois, um deles financiado. “Tenho duas contas bancárias, uma desativada e outra em que recebo meu salário. Mostro meus extratos no momento em que for necessário”.

Conforme Só Notícias já informou, mais sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Eles foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e são referentes ao inquérito judicial instaurado para apurar crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro (operação Ararath).

De acordo com informações da assessoria da PF, a investigação está tramitando no TRF 1ª Região em razão do possível envolvimento de magistrado nos fatos sob apuração, os quais guardam relação com a operação, deflagrada no dia 12 deste mês, por ordem da Justiça Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso.

Na primeira vez, os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande e outros dois em Nova Mutum. A operação teve como objetivo desarticular uma quadrilha especializada neste tipo de crimes. Segundo investigações da PF, nos últimos seis anos, os acusados movimentaram mais de R$ 500 milhões. O grupo investigado usava empresas de factoring como fachada para conceder empréstimos, cobrando juros, para diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. A base operacional era uma empresa, em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.

O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre as quais se encontra uma grande rede de postos de combustíveis da capital. O principal crime consiste no fato de que as empresas de factoring tem natureza estritamente mercantil, com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, a fim de fomentar o comércio. Por isso mesmo, não têm autorização do Banco Central para conceder empréstimos, exigir garantias ou exercer quaisquer atividades exclusivas de instituição financeira.

(foto: assessoria)

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