A Polícia Civil de Mato Grosso pretende combater os chamados “crimes virtuais” com a criação de uma Delegacia Especializada em Crimes Tecnológicos. Uma pesquisa está em andamento e foi desenvolvida pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), que atua nas investigações de crimes com uso de recursos tecnológicos, como a internet.
O delegado titular da delegacia em Sinop, Bráulio Junqueira, disse ao Só Notícias,que esse tipo de crime é difícil de ser investigado, porque em sua maioria não tem autoria. “Nem sempre os crimes virtuais são praticados da mesma localidade e geralmente são registrados como furto ou estelionato. O primeiro passo seria identificar o (IP), que localizaria o computador de onde partem os crimes e até a quebra de sigilo telefônico”, explica.
Outra observação feita pelo delegado foi a deficiência de um profissional especializado em tecnologia que a polícia não dispõe, no entanto, “já existe demanda”.
São vários golpes e crimes praticados. Como Só Notícias já informou, no último final de semana, uma mulher, 52 anos, de Sorriso, disse que foi avisada que havia sido contemplada com o consórcio de uma motocicleta, e que deveria retira-la, em uma loja, de Sinop. Na empresa, fora avisada que havia em seu nome, um financiamento de cerca de R$ 18 mil, sem sua autorização.
No último dia 14, dois homens, 38 anos e 23 anos, foram presos, em Várzea Grande, acusados de praticar fraudes pela internet.
Uma mulher, vítima dos dois, viajou de Santa Catarina, até Várzea Grande após comprar uma caminhonete Mitsubishi, L200 Trinton, negociada pelo Facebook. A vítima teria ido ao banco sacar R$ 30 mil para paga-la. Ao sair da agência foi assaltada pelos acusados armados e levada até a rodovia e deixada próximo do posto da PRF. A tecnologia do celular roubado pela dupla ajudou a polícia a prendê-los.