A Justiça Estadual, por meio da 2ª Câmara Criminal, negou habeas corpus sobre a revogação da prisão preventiva do delegado João Bosco Ribeiro de Barros. O recurso, protocolado pelo advogado Paulo Cesar Zamar Taques, foi analisado pelo desembargado Pedro Sakamoto. Desde o dia 6 de setembro, Bosco é considerado foragido.
O prisão do delegado foi determinada pela juíza Selma Rosane Santos de Arruda. O delegado figura como suspeito de integrar esquema que resultou na operação “Abadom”. A ação foi deflagrada em 27 de junho e desarticulou quadrilha que atuava no tráfico de entorpecentes em Cuiabá e municípios do interior.
Além de Bosco, também tiveram a prisão decretada Gláucia Cristina Moura Alt (esposa do delegado), Cláudio Roberto da Costa, George Fontoura Filgueiras, Leonel Constantino de Arruda e Márcio Severo Arrial. Os agentes eram responsáveis por realizar a “segurança” dos grupos ligados ao tráfico de drogas.
Em denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE), João Bosco e Gláucia Alt teriam recebido R$ 100 mil para firmar um possível esquema de segurança ao grupo de Marco Antônio da Silva, conhecido como “Neném”.
Ameaças de morte à delegada Alana Cardoso, responsável pelas investigações da “Abadom”, também foram apresentadas na decisão judicial que resultou na decisão pelas prisões preventivas.
OUTRO LADO – O advogado de João Bosco, Paulo Taques, informou que ainda não tomou conhecimento sobre a decisão e que após análise irá ingressar com as medidas cabíveis. Taques também atua na defesa de Gláucia Alt.