A Corregedoria da Polícia Civil instaurou processo administrativo disciplinar parar apurar quebra de deveres do delegado João Bosco Ribeiro Barros. Na portaria, publicada hoje, também será apurada a conduta da esposa dele, a investigadora Gláucia Cristina Moura Alt. Além de quatro investigadores.
De acordo com a publicação, será investigado se os policias civis valeram-se do cargo para obter proveito de qualquer natureza para si ou para terceiros e praticaram qualquer outro fato definido como crime. O prazo para a conclusão é de 60 dias e pode ser prorrogado pelo mesmo prazo.
O delegado e a esposa, assim como os investigadores foram indiciados por receberem vantagens financeiras, mediante extorsão, para dar proteção a uma quadrilha de traficantes de Várzea Grande. A droga, conforme Só Notícias já informou, geralmente pasta base de cocaína, vinha da Bolívia.
Em depoimento, o delegado e a investigadora negaram envolvimento no caso. A justiça revogou a prisão no início do mês passado. O casal responde em liberdade.
As investigações da operação “Abadom” tiveram início em dezembro de 2012. Os telefones e e-mails dos suspeitos foram interceptados a pedido da Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MPE).
O nome do delegado e da investigadora apareceram em duas etapas das investigações. A primeira foi em março, quando os policiais civis tentavam localizar um dos alvos da operação. No entanto, o traficante acabou nas mãos do delegado e investigadora e conseguiu a liberdade. Segundo a delegada responsável pela investigação, Alana Cardoso, em maio, ocorreu uma outra situação parecida.