Já está em Cuiabá o maior fraudador de venda de passagens aéreas do país que foi preso pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, quarta-feira, em Florianópolis (SC), quando desembarcava no aeroporto acompanhado de sua família. Ele chegava de uma viagem em Bariloche, na Argentina e foi preso por furto mediante fraude. Ele é acusado de ter dado um prejuízo de pelo menos R$ 230 mil em uma empresa que atua no segmento de compra e vendas de passagens para agências de turismo. O proprietário da empresa procurou a polícia em janeiro deste ano e informou que teve o sistema invadido pelo acusado por 4 dias e nesse período ele conseguiu emitir centenas de passagens.
O acusado, 28 anos, prestará depoimento na segunda-feira (12) pois é aguardada a chegada de seus advogados que são de Santa Catarina. O delegado Carlos Américo Marques Marche, que conduziu as investigações, disse que o golpista conseguia acessar o site da empresa e emitia as passagens. Depois as vendia a preço abaixo do mercado para pessoas interessadas. Fechava os negócios com os compradores por meio de mensagem de celular, ligações e pela internet. Acredita-se que os compradores não sabiam que ele era um golpista, pois se apresentava como um profissional do segmento de turismo e oferecia passagens para vários destinos.
Foram 7 meses de investigação para identificar o acusado e seu modo de agir. De acordo com a polícia, ele agia como um hacker e conseguia ter acesso ao sistema da empresa. A partir daí, com todos os dados em mãos ele ligava em outra central e dizia que era funcionário, mas havia perdido o login e senha e ao confirmar os dados solicitados, recebia nova senha e passava a emitir passagens para vários destinos. Já foi identificado que ele acessou o sistema da empresa em Cuiabá, Florianópolis e São Gonçalo (RJ).
Conforme o delegado, o estelionatário programou um comando de cópia oculta no sistema de internet da empresa e assim conseguia monitorar todas as ações realizadas. Acompanhava todos os emails enviados e caso a senha fosse trocada ele continuava tendo acesso, pois recebia cópia de todas atividades executadas pelos funcionários. Ainda não se sabe se existe a participação de outras pessoas no esquema. Também não está claro até o momento, a maneira como o acusado conseguiu ter acesso à página da empresa na internet para depois começar a aplicar os golpes.
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