A Gerência de Combate ao Crime Organizado e Divisão Anti-Sequestro, da Polícia Civil, encaminhou, hoje, ao escritório regional da Polícia Internacional (Interpol), em Mato Grosso, os mandados de prisão dos pais biológicos da menina Ida Verônica Feliz, 8 anos. Ela foi sequestrada no dia 26 de abril, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá, e levada para fora do país.
Nome e foto do casal passarão a constar na lista de procurados pela Interpol em todo o mundo. O delegado da Polícia Federal, Marcos Antonio Farias, representante regional da Interpol em Mato Grosso, informou que a partir de agora será feita a difusão nos canais de comunicação da Interpol.
Os pais biológicos da menina sequestrada em Mato Grosso entrarão na lista de pessoas procuradas pela Interpol, cuja relação conta com centenas de criminosos internacionais envolvidos em diversas atividades, principalmente o terrorismo. O alerta vermelho será emitido aos 188 países integram a força internacional.
De acordo com o delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Henrique Stringueta, os pais biológicos, de origem estrangeira, são apontados nas investigações como os mentores intelectuais do sequestro executado por ao menos dois homens, que na tarde do dia 26 de abril, levaram Ida Verônica de dentro da casa da família que tinha a guarda provisória, utilizando um Celta branco.
Para o delegado, a ordem de prisão dos pais biológicos vai auxiliar nas buscas à criança, que já estaria fora do país, possivelmente na Itália. “Com as prisões teremos um apoio mais imediato das polícias internacionais”, afirma Stringueta.
Os pais biológicos de Ida Verônica Feliz foram presos no Brasil por tráfico de drogas em 2006. A mãe, de origem dominicana, foi presa em um apartamento em Florianópolis com três mil comprimidos de ecstasy, pelo qual foi condenada a dez anos de prisão. O pai italiano foi preso por tráfico internacional e expulso do país no ano de 2009, após cumprir pena por tráfico de drogas em Mato Grosso.
A mãe foi colocada em liberdade, mas depois teve novamente a prisão preventiva decretada pela Justiça de Santa Catarina, por quebra de regime. No dia 30 de setembro de 2010, a mulher fugiu levando outro filho biológico, na época com três anos, que morava provisoriamente com uma família na cidade de Tubarão (SC). O menino nasceu na prisão.