Foi liberado, esta tarde, o coordenador do Programa Bolsa-Família de Várzea Grande, S.D.A., 34, que foi detido porque seu nome constava no Infoseg como foragido da Justiça. No entanto, o processo havia sido extinto e a baixa não foi dada no sistema.
Após sair da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, o coordenador classificou o episódio como um grave equívoco e conta que chegou a temer por sua integridade física. "Já na próxima semana vou procurar a Justiça, para que isso não se repita. Sou trabalhador, um batalhador, e não posso ser exposto desta forma".
O temor por sua integridade física foi motivado por três episódios ocorridos neste ano, em que ele afirma ter sido extorquido por falsos policiais. "Inclusive tenho boletins de ocorrência registrados sobre isso. Na hora em que os policiais chegaram na prefeitura, achei que seria vítima de novo".
Após estar sob custódia dos investigadores, o coordenador ressalta que pediu para ser levado imediatamente à uma delegacia. "Sei que já paguei minha dívida com a sociedade e que, se fosse uma prisão real, ela seria rvertida".
Ao chegar na delegacia, foi informado que sua detenção se baseava em uma denúncia de posse de armas na residência. "Levei os policiais na minha casa e nada foi encontrado". Ao mesmo tempo, a esposa do acusado procurou o Fórum da cidade para esclarecer o equívoco. "Depois de irmos em casa e eles constatarem que eu nada tenho, fiz o exame de corpo de delito e acabei liberado".
O coordenador foi preso, esta manhã, na prefeitura de Várzea Grande. A primeira informação dizia que a prisão temporária foi motivada por crimes de violência doméstica e constrangimento. "Mas constrangimento foi, sim, o que passei", disse.