A Polícia Civil investiga as causas da morte de um menino, 2 anos, em Tangará da Serra. O corpo da criança foi encontrado, ontem, em um canavial, a cerca de dois quilômetros do sítio, onde morava com mãe, o padrasto e um irmão de 6 anos. Laudo do Instituto Médico Legal (IML) não identificou a causa da morte. Mas confirma que o menino apresentava lesões na região anal.
No entanto, não informa se as lesões são recentes ou antigas. "Foi constado a presença de lesões na região anal. Será solicitado mais informações da morte. Estou aguardando laudo mais detalhado do caso", disse a delegada Liliane Soares Diogo, que preside o inquérito policial.
Segundo a delegada, a polícia trabalha com a hipótese de a criança ter sido abusada e deixada sozinha no canavial e perdida teria se machucado e morrido de fome ou de frio. A delegada informou ainda que durante a necropsia foi recolhido amostra do líquido encontrado no ânus da criança, porém, o exame deu negativo para presença de espermatozoide. "A amostra foi enviada ao laboratório de Cuiabá para uma análise melhor", disse.
As investigações iniciaram, na segunda-feira (18), com o registro do desaparecimento do menino feito pela mãe, que procurou a delegacia e contou que por volta das 10h30 deu falta do filho. A mãe disse que procurou pela vizinhança e depois reuniu amigos da comunidade para ajudar nas buscas a criança com ajuda com Corpo de Bombeiros e de policiais civis, designados pela delegada Liliane Diogo, até o sítio na zona rural de Tangará da Serra.
De acordo com a delegada, o corpo da criança apresentava vários arranhões, possivelmente provenientes das folhas de cana de açúcar e não de mordidas de cães, conforme se apontava anteriormente.
Hoje, a Polícia Civil conversará com vizinhos do sítio para reunir informações do histórico da família e se a criança teria sofrido alguma agressão recente. Já que em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando mãe por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal.
Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência, no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.