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Cuiabá: preso por pornografia infantil é ex-servidor da área social

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O homem, 28 anos, preso ontem, em Cuiabá, por armazenar em computadores pessoais cerca de 1,5 mil vídeos de conteúdo pornográfico (500 teriam sido produzidos por ele mesmo) em que aparecem crianças e adolescentes, era até o ano passado, funcionário público do Estado. Ele ocupava o cargo comissionado de direção-geral e assessoramento, nível DGA-8, de gerente de Promoção à Cidadania, da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Sestas) comandada pela primeira dama do Estado, Roseli Barbosa. Ocupou o cargo por cinco anos, sendo exonerado em março.

Preso sob acusação de pedofilia, o homem teve a fiança arbitrada pelo delegado Eduardo Botelho R$ 50 mil e como não efetuou o pagamento até o final da tarde de sexta-feira foi levado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). O delegado da Delegacia Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Eduardo Botelho, apontou que cada um dos 500 vídeos produzidos pelo acusado contendo pornografia infantil pode gerar uma pena de até 4 anos de prisão.

A investigação apontou que o ex-servidor público instalou várias câmeras escondidas nos quartos da residência e no banheiro. O objetivo, segundo o delegado, era registrar momentos íntimos da enteada e outros menores de idade que frequentassem a casa. Na maioria dos vídeos há um foco nas partes íntimas dos menores. Um deles é de uma criança de 5 anos de idade tomando banho. Em outros 10, o suspeito aparece nos vídeos, arrumando ou mudando as câmeras de posição.

A prisão do suspeito foi resultado de uma investigação que teve início após após a recuperação de um HD externo pela Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), em dezembro de 2012. Na época, ele registrou um Boletim de Ocorrência relatando o arrombamento de seu carro e o furto do HD que estava no interior. O material foi recuperado por policiais e passou por uma perícia, que ao constatar a presença do conteúdo pornográfico envolvendo menores, repassou o caso para a Deddica que iniciou as investigações culminando na prisão do acusado em sua casa, um condomínio no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.

“Em nenhum momento ele demonstrou qualquer tipo de vergonha ou arrependimento. Ele frisou que não é pedófilo, uma vez que não teria mantido relações sexuais com os menores, porém, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, armazenar e produzir material pornográfico com menores já são configurados atos criminais”, disse o delegado que investiga o caso que ficou estarrecido com a frieza do acusado durante a prisão. Isso porque ele, no depoimento. confirmou o hábito de assistir vídeos pornográficos desde os 14 anos de idade e afirmou que nunca abusou de nenhum dos menores filmados. Segundo ele, os registros serviam apenas para alimentar o seu prazer.

 

 

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