Dados divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-Cut) apontam que em Mato Grosso, ano passado, houve apenas uma morte em assaltos envolvendo bancos. Redução de 66,7% ante 2011, quando foram três registros. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, foi feito com base em informações veiculadas na imprensa e apoio do DIEESE e não aponta se a morte registrada no Estado foi de cliente, funcionário de estabelecimentos bancários ou de assaltantes.
Nacionalmente, a Contraf aponta 57 mortes no ano passado. São Paulo (15), Bahia (8), Rio de Janeiro (7), Ceará (4), Paraná (4), Alagoas (3) e Rio Grande do Sul (3) foram os Estados com o maior número de casos. A principal ocorrência (53%) foi o crime de “saidinha de banco”, que provocou 30 mortes. Já a maioria das vítimas (58%) corresponde a clientes (33), seguido de vigilantes (9) e policiais (6). Dois bancários também foram mortos. Das 57 vítimas, 93% eram homens.
Apesar de não constar nos registros da Contraf, vários assaltantes de bancos foram mortos em confrontos com policiais, ano passado, em Mato Grosso. Em outubro de 2012, por exemplo, quatro bandidos invadiram o Banco do Brasil de Marcelândia (240 km de Sinop). Um deles foi baleado no dia do crime e acabou morrendo na mata em decorrência dos ferimentos. O corpo dele foi encontrado 33 dias depois. Os outros três envolvidos também morreram, entre outubro e novembro, em confrontos com a polícia.
Também em outubro do ano passado houve os assaltos nos bancos do Brasil e Bradesco no município de Comodoro (a Oeste de Cuiabá). As investigações encerraram em dezembro, com um bandido preso em Rondonópolis, com 10 quilos de drogas, R$ 7 mil e um revólver e, outros três mortos em tiroteio na região do rio Manso, a cerca de 70 km de Cuiabá. Além dos três identificados como assaltantes, duas mulheres também morreram. Na ocasião, eles estavam em um GM Celta e não pararam na barreira policial, iniciando o tiroteio.
No final de dezembro, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso divulgou balanço apontando as ocorrências de 70 ataques a bancos (entre assaltos e tentativas), sendo que 13 foram na modalidade novo cangaço, quando bancários e clientes são feitos reféns.