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Cuiabá: delegado confirma que 4 empresários estão foragidos e 11 empresas são investigadas

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A Polícia Civil informou que está investigando 11 empresas no esquema de fraudes a processo licitatórios de serviços gráficos, do governo estadual, de um pregão que ocorreu em 2011, e motivou a operação Edição Extra, feita hoje, culminando com as prisões do secretário adjunto de Administração, Jose de Jesus Nunes Cordeiro, e do assessor especial na Secretaria de Comunicação, Elpidio Junior. O prejuízo apurado já ultrapassa R$ 40 milhões e a Delegacia Fazendária, que conduz o caso, acredita que o esquema pode ter ocorrido em outras licitações.

Parte do dinheiro supostamente desviado pode ter abastecido campanhas eleitorais neste ano, por meio de créditos entre políticos e as gráficas participantes. Esta é uma das possíveis destinações do dinheiro desviado. O MP suspeita que uma gráfica ficava com 25% dos valores e 75% retornavam para outros investigados que destinavam o dinheiro para políticos.

A delegada Liliane de Souza Murata Costa informou que as fraudes são referente ao pregão 93 do ano de 2011 e o contrato de 2012, no valor de R$ 40 milhões. "Recebemos denúncia de um empresário que foi chamado para uma das reuniões e não quis aderir às condições impostas pelo grupo de empresários para participar do pregão", declarou a delegada.

O delegado Carlos Fernando Cunha explicou que o esquema era investigado há quase 2 anos, após uma denúncia feita por um empresário ao Ministério Público Estadual (MPE). “Nós recebemos esta denúncia e passamos a investigar especificamente um pregão realizado pela Secretaria de Estado de Administração”, afirmou.

Segundo Cunha, os dois servidores presos por ordem judicial foram os responsáveis pelo processo fraudado pelas gráficas. “Os 2 foram coniventes com estes desvios ocorridos, repito, apenas em um contrato”. Com isso, os trabalhos de investigação se aprofundaram e, nestq auinta, foram cumpridas ordens de busca e apreensão nas empresas do Grupo Print, Gráfica Defant, Gráfica JR Gusmão, nos gabinetes de Elpídio e Cordeiro (SAD), na Agência Casa D'Ideias.

O delegado também confirmou que outras 4 pessoas são consideradas foragidas. São elas os empresários Dalmi, Fábio e Jorge Defanti, além do diretor da Gráfica Print, Alessandro Francisco Teixeira Nogueira. “Eles estão com prisão temporária decretada, mas ao final das investigações devemos representar pela prisão preventiva dos acusados”, adiantou. Há rumores que a operação teria vazado e alguns investigados tiveram conhecimento que poderiam ser presos.

Além da fraude, as empresas entregavam materiais em quantidade inferior ao contratado, dividindo com agentes públicos o dinheiro pago a mais pelos serviços.

Outro lado
A assessoria jurídica da gráfia Print divulgou nota informando que "os empresários Fábio e Dalmi Defanti, sócios-proprietários da Gráfica Print, estão a trabalho no interior do Estado" e "ambos tomaram conhecimento da operação policial na manhã desta quinta-feira pela imprensa e buscaram informações acerca da investigação. Os empresários já estão em deslocamento para Cuiabá para se apresentarem na Delegacia Fazendária. Também reforçamos que em nenhum momento os empresários planejaram eventual fuga como tem sido noticiado; eles já se manifestaram em colaborar com toda a investigação e se colocam a disposição para prestar devidos esclarecimentos assim que retornarem a Cuiabá. Os advogados da Gráfica Print ainda não tiveram acesso ao processo e estão acompanhando todo os pedidos de busca e apreensão na gráfica. Neste sentido, mais esclarecimentos serão dados após o conhecimento do processo investigatório", conclui.

Os demais investigados ainda não se manifestaram.

(Atualizada às 19:25hs)

 

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