Os vereadores em Nova Ubiratã, José Itamar Marcondes e Reinaldo de Freitas, acusados pelo Ministério Público de chefiarem o tráfico de drogas no município -e que estão presos no Centro de Ressocialização de Sorriso- serão ouvidos hoje em audiência na comarca de Ubiratã. De acordo com um dos advogados, Márcio Ronaldo de Deus, a defesa tem a expectativa que os dois sejam liberados após essa audiência “independente de serem considerados culpados ou inocentes. Em caso de culpados, deverão ir para o aberto ou semi-aberto. O processo é que vai dizer”, explicou, ao Só Notícias.
A prisão dos dois ocorreu no dia 16 de julho. De acordo com o Ministério Público, além dos parlamentares, mais seis pessoas foram denunciadas. O grupo é acusado de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menor.
Consta na denúncia, que os acusados praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas previstos no artigo 33 da Lei 11.343/06. Além da venda de entorpecente, eles teriam, segundo o processo, adquirido, preparado, transportado, armazenado e oferecido o produto para consumo. A comercialização da droga teria sido realizada, inclusive, dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum e em uma escola da cidade de Nova Ubiratã.
Os entorpecentes, segundo o Ministério Público, eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição.
Os dois negam as acusações. O vereador Reinaldo Freitas disse que "nunca se envolveu" com tráfico de drogas. "Tenho feito é arrumar internação para estas pessoas (dependentes químicos). Não tenho envolvimento nenhum". Freitas disse que pessoas presas em Ubiratã foram "lapidadas pela Polícia Militar para que eles incluissem meu nome e do vereador Itamar", acusou.
Os dois parlamentares entraram com pedido de afastamento na Câmara Municipal por 120 dias. Esse prazo vence no próximo dia 28 de novembro. Caso não sejam soltos e retornem ao legislativo até esta data, perderão o mandato automaticamente.
(Atualizada às 09:02hs)