O delegado municipal de Polícia Civil, Bráulio Junqueira, afirmou, esta manhã, ao Só Notícias, que o caso dos cinco ônibus e um micro-ônibus incendiados, ontem à noite, no terminal de passageiros próximo à Catedral é investigado como um atentado em retaliação a mudança no sistema de visitas de parentes dos detentos no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ele está investigando se a ordem para o ataque realmente partiu de algum detento.
Até o momento, a polícia não sabe como, quem ou quantas pessoas provocaram o ato criminoso que assustou os sinopenses. O delegado afirmou que solicitará imagens dos circuitos de segurança da região e também das câmeras de monitoramento da segurança pública, instalada em diversos pontos, para tentar identificar os possíveis autores.
Bráulio Junqueira relatou que está juntando provas para sustentar a informação de retaliação devido a mudança no sistema de visita. Segundo ele, a partir de agora, as mulheres e mães dos detentos não são mais revistados e sim os próprios presos após a visita. Isto teria flagrado mais situações ilegais e irritado os detentos.
Ele não deixou de criticar o governo por esta situação, já que o aparelho de raio-x do presídio, que está entre os maiores do Estado, não está em funcionamento há algum tempo por falta de reparos.
Conforme Só Notícias já informou, os veículos pertenciam a uma empresa que realiza o transporte coletivo no município. As chamas começaram por volta das 22h em um dos ônibus, se alastraram rapidamente para os demais e ganharam grandes proporções. Houve pelo menos quatro grandes explosões porque os tanques de combustíveis estariam cheios.