O Tribunal de Justiça de Mato Grosso arbitrou fiança no valor de R$ 3.620 para o vereador de Nova Ubiratã, José Itamar Marcondes, por posse de arma de fogo. Por este crime, ele poderá responder em liberdade, porém, como há outra acusação (tráfico de drogas) ainda permanecerá em uma cela do Centro de Ressocialização de Sorriso juntamente com o colega de parlamento Reinaldo de Freitas.
Durante a operação desencadeada pelo Ministério Público Estadual e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no dia 16 deste mês, o vereador portava, sem autorização legal, um revólver Taurus calibre 38 e 13 munições do mesmo calibre. No despacho, o juiz ressalta que José Itamar admitiu em seu interrogatório a posse da arma de fogo, justificada em razão de supostas ameaças que estaria recebendo.
Ao Só Notícias, o assessor jurídico da Câmara de Nova Ubiratã (80 quilômetros de Sorriso), João Carneiro, informou que o pedido de liberdade provisória de ambos já foi protocolado e uma decisão deve sair em breve. Os dois vereadores estão presos desde que a operação foi deflagrada.
A câmara deve votar amanhã na primeira sessão após o recesso, o pedido de afastamento dos vereadores pelo prazo de 60 dias. Na sessão, serão convocados os suplentes Leonildo Antônio e Antônio Leitão de Souza para assumirem.
Conforme Só Notícias já informou, o Ministério Público Estadual acusa os dois vereadores de chefiarem o tráfico de drogas no município. Além dos vereadores, mais seis pessoas foram denunciadas e presas. Elas são acusadas de tráfico de drogas, associação ao tráfico e corrupção de menores. Consta na denúncia, que integrantes do grupo chegaram a oferecer uma quantia de R$ 15 mil para a execução de policiais militares que tentavam coibir o tráfico na cidade.
Os dois vereadores negam as acusações. Freitas disse que nunca se envolveu com o tráfico de drogas. "Tenho feito é arrumar internação para estas pessoas (dependentes químicos). Não tenho envolvimento nenhum". Freitas disse que pessoas presas no município foram "lapidadas pela Polícia Militar para que incluíssem o nome dele e do vereador Itamar".