domingo, 15/dezembro/2024
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PF e CGU fazem operação no Estado para combater fraudes em licitações

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A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou, esta manhã, a Operação Kamikaze em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul. Vinte e cinco policiais federais e cinco servidores da CGU estão cumprindo alguns mandados de busca e apreensão nestes dois estados. Só Notícias entrou em contato com a assessoria da PF do Rio Grande do Sul, que está fazendo a operação e ficou de fornecer mais informações até o final da manhã.

A ação policial visa desarticular um grupo criminoso que atuava em todo Brasil participando de licitações públicas. Um empresário acusado de fraudar licitações e obter contratos públicos de prestação de serviços que ultrapassam R$ 40 milhões já foi preso.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso participava de licitações públicas em todo Brasil, principalmente na modalidade pregão eletrônico. O valor oferecido pelo serviço era muito abaixo do valor praticado no mercado, o que viabilizava vitórias em vários certames. Parte do serviço contratado era executada, porém não havia o recolhimento de verba trabalhista nem previdenciária. Como as empresas estavam em nome de “laranjas” e não possuíam patrimônio, a União acabava respondendo subsidiariamente pelas dívidas.

Dentre as formas de atuação da organização criminosa estavam a utilização de documentos falsos e a participação de mais de uma empresa do grupo no mesmo processo licitatório. O empresário preso, que possuía 17 empresas, se tornou o 13º maior devedor trabalhista do Rio Grande do Sul; algumas dessas dívidas eram em nome de terceiros. O suspeito já havia sido alvo da Operação Freio de Ouro, deflagrada em 2009, e já foi indiciado em mais de 20 inquéritos na Polícia Federal, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Pela Operação Kamikaze ele irá responder por fraude em ato licitatório e associação criminosa.

O nome da operação se deve ao fato de empresas serem criadas para acabarem extintas em seguida. O fato lembra o episódio dos pilotos japoneses que jogavam os aviões contra navios norte-americanos, provocando a própria morte, durante a Segunda Guerra Mundial.

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