Uma briga entre facções no raio 1 da Penitenciaria Central do Estado (PCE) quase terminou em tragédia, ontem à tarde. Forças policiais antimotim tiveram que ser acionadas e durante a confusão cinco presos ficaram feridos. A polícia teve que jogar bombas de efeito moral e disparar balas de borrachas. A situação foi tão tensa que a contenção se viu obrigada a utilizar armamento com munição letal. Nisso um detento levou um tiro na perna e teve que ser levando ao Pronto Socorro.
De acordo com diretor da PCE, Roberval Ferreira, dois presos estavam sendo espancados por colegas de cela no raio 1. Para agravar a situação, o setor de inteligência da polícia recebeu uma denúncia que dizia que um terceiro preso seria assassinado no mesmo dia (ontem). Diante da situação, a polícia foi acionada para entrar no raio 1 e retirar os presos que corriam risco de morrer.
Quando polícia chegou, os presos revoltosos não deixaram que a tropa entrasse na cela para resgatar os ameaçados. Para furar a barreira, a polícia, primeiramente tentou o diálogo, depois houve o lançamento de agentes químicos, como granadas de efeito moral, bombas de lacrimogêneo e spray de pimenta. Mesmo assim, os presos resistiam as investidas.
O diretor relata que os batalhão começou a atirar balas de borrachas. Nisso, os presos pegaram os colchões e fizeram uma espécie de escudo para se proteger dos disparos. A situação começou a se complicar porque os detentos, protegidos com os colchões, começaram a avançar em cima da contenção, na tentativa de pegar um agente da PCE como refém.
Foi a partir daí que a polícia utilizou de arma letal, pois já havia esgotado todas os recursos para conter o motim. Na ação, cinco presos ficaram feridos, sendo quatro com balas de borracha e um com arma letal. O detento ferido com munição de verdade foi levado para o hospital e passa bem. Os policiais também conseguiram retirar os três presos que corriam risco de morrer. Eles estão em uma cela separada no raio 5 e a segurança na unidade foi reforçada.