O delegado Marcelo Torhacs descartou totalmente a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) em sua investigação sobre o crime que vitimou a professora Solange Fátima Willer, 32 anos. “Na verdade o modo é típico de execução. Não se tratou de um latrocínio e sim de um homicídio”, disse, hoje, ao expôr a brutalidade do crime.
De acordo com ele, através de relatos de testemunhas foi possível identificar a dinâmica do assassinato. A vítima já tinha retirado as crianças do carro e as entregue ao pai (ex-marido de Solange). Neste momento, o criminoso passou pelo ex-marido e os filhos, indo diretamente a ela.
“Primeiramente, ele [bandido] disse que era um assalto, mas não exigiu a entrega de nada e já foi descarregando uma pistola 765. A quantidade de disparos foi tamanha que não deixa dúvida de que a intenção era matar a vítima. Alguns dos tiros atingiram as costas, ou seja, ela ainda teve alguma força para tentar se virar e fugir, mas o acusado atirou mais vezes”.
Para Torhacs, está claro que o crime foi intencional e o bandido apenas disse que era um assalto para mudar o foco da investigação. “Nós podemos afirmar que não se tratou de um latrocínio e sim um homicídio. A circunstâncias, a motivação e quem teria interesse na morte dela ainda estão sendo investigadas. Não é um caso fácil, aparentemente é um crime de mando. Um meio tão bárbaro utilizado como este não é típico de latrocínio. Ele [bandido] foi lá para matar”.
Conforme Só Notícias já informou, Solange foi morta, na quinta-feira (12), por volta das 18h, em frente a sede da Prefeitura de Lucas do Rio Verde. Ela estava morando em Sinop há alguns anos e foi até o município levar os filhos para passar alguns dias com o pai.
No entanto, um homem parou nas proximidades, a abordou e efetuou pelo menos sete disparos de pistola contra ela, que chegou a ser socorrida, mas faleceu pouco tempo depois. O ex-marido dela chegou a ser detido, prestou depoimento e foi liberado.
O corpo de Solange foi trasladado para Novo Horizonte do Norte, Rondônia, onde foi sepultada.